Nas publicidades do rádio e da TV o alerta sempre aparece. Ele também compõe o discurso daqueles mais resistentes ao consumo de bebidas alcoólicas. Mas quando se trata das festas de fim de ano, o usual ‘Beba com moderação’ fica mais esquecido. E até mesmo aqueles que normalmente não são tão adeptos dos drinks, cervejas, vinhos e espumantes, acabam aproveitando um pouco mais. Mas especialistas destacam que independentemente de qual seja a comemoração, o alerta para os perigos dos excessos continua valendo.
“O importante é sempre manter a ingestão de álcool de acordo com o que é preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Independente de se beber sempre ou de vez em quando, é preciso manter o limite de doses recomendadas”, destaca Leonardo Moscovici, especialista em Saúde da Família, integrante do Sistema Hapvida/ RN Saúde.
Sobre o limite mencionado, Moscovici revela que semanalmente, para pessoas saudáveis, seria de 21 unidades de álcool para homens e 14 para mulheres, sendo que cada unidade corresponde a uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou uma dose de cachaça. “Obviamente que não é recomendado ingerir toda essa quantidade no mesmo dia, mas, sim, com intervalos durante toda a semana”, complementa ele, ressaltando a importância do equilíbrio e da moderação.
O especialista alerta ainda que mesmo seguindo a quantidade máxima recomendada, é preciso estar atento aos cuidados com o organismo, a fim de conter o mal-estar durante a ingestão. “Para evitar problemas com a bebida, além de ingerir dentro do limite é preciso sempre beber em conjunto com a alimentação, além de se hidratar bastante com água, de forma intercalada”, completa o especialista.
E para quem já ultrapassou a quantidade máxima recomendada, ou mesmo já sente um incômodo causado pela bebida, o especialista destaca ainda outras orientações sobre as medidas que devem ser tomadas. “Para aquela pessoa que bebeu muito e no dia seguinte está passando mal, o ideal é fazer uma alimentação leve, evitar gordura, fritura, ingerir alimentos leves e bastante líquido, principalmente água. Seguindo todo esse processo, aos poucos o álcool vai sendo eliminado do organismo”, diz.
Moscovici finaliza destacando a importância do bom-senso e de outros cuidados já comumente destacados, como o de não beber se for dirigir.