Diferente da depressão, a ansiedade é caracterizada por um estado de medo anormal, excessivo, com respostas exarcebadas
Diferente da depressão, a ansiedade é caracterizada por um estado de medo anormal, excessivo, com respostas exarcebadas. “Ocorre de maneira antecipadatória e sem causa aparente, diferente da resposta ao medo normal, provocada por estímulos ameaçadores, que gera estados de alerta, despertar, reflexos autonômicos, entre outros. Trata-se de uma doença que promove prejuízo na vida social e profissional”, destaca a farmacêutica Mona Lisa Bevilacqua.
A ansiedade, segundo a especialista, é classificada em quatro subtipos principais. “Há o transtorno de ansiedade generalizada, caracterizado por um estado constante de ansiedade excessiva. Não possui foco ou razão clara e é muito comum. Os principais sintomas são expectativa apreensiva, inquietude, dificuldades em se concentrar, irritabilidade, tensão muscular e dificuldades para conciliar o sono ou sono insatisfatório. Os sinais devem ser significativos para que haja o diagnóstico”, explica.
Mona Lisa alerta, ainda, para o transtorno do pânico. Segundo ela, trata-se de fobias, que são medos intensos de objetos ou situações específicas. “A fobia social é um tipo comum e embora constitua transtorno psiquiátrico bastante frequente não é diagnosticado. Caracteriza-se pelo medo intenso e persistente de situações sociais ou de situações em que o desempenho possa ser alvo de atenção ou avaliação. Já o transtorno de estresse pós-traumático é caracterizado por ansiedade desencadeada por lembrança de experiências estressantes do passado”, cita.
O último deles é o transtorno obsessivo-compulsivo, caracterizado por um comportamento com rituais compulsivos, dominados por ansiedade irracional. “Trata-se do TOC, como é mais conhecido, que evidencia a ocorrência de obsessões e compulsões que limitam a vida da pessoa, causam grande sofrimento subjetivo e interferem nas atividades sociais e de trabalho. Obsessões são ideias, impulsos ou imagens que se impõem de forma intrusiva à consciência contra a vontade da pessoa, causando ansiedade ou sofrimento”, ressalta a especialista.
A farmacêutica informa que, além das terapias medicantosas convencionais, vários nutracêuticos e fitoterápicos são utilizados como coadjuvantes no tratamento da depressão e da ansiedade. Entre os fitoterápicos que auxiliam no tratamento estão Rhodiola rosea, Griffonia simplicifolia, Hypericum perforatum, Piper methysticum, Valeriana officinalis e Passiflora incarnata.
Já os nutracêuticos que auxiliam no tratamento são Ácido fólico, ômega 3, Vitamina B6, Vitamina B12, Vitamina D, Magnésio, Selênio, Zinco, Hidroxitriptofano, SAM-e, L-Teanina. É importante salientar, porém, que nenhum medicamento deve ser tomado sem o acompanhamento de um profissional habilitado”, alerta Mona Lisa Bevilacqua.