Ar seco, poluição e medicamentos usados por conta própria funcionam como gatilhos para várias doenças. Nos meses...
Ar seco, poluição e medicamentos usados por conta própria funcionam como gatilhos para várias doenças. Nos meses mais frios, essa combinação faz grande parte da população sofrer com coceira por causa das doenças de pele que crescem neste período, as principais sã dermatite atópica (alergia), urticária e dermatite seborreica ou caspa. De acordo com a dermatologista Pietra Martini, é por isso que não dá para ir tomando um remédio qualquer por conta própria. A médica diz que o problema é ainda maior entre diabéticos e pessoas com disfunções na tireoide. Isso porque, têm a pele mais seca e por isso maior predisposição a essas doenças, que são bem mais frequentes do que se possa imaginar. Cerca de 20% dos brasileiros têm dermatite atópica. Além disso, um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que no outono e inverno a gripe, resfriado e doenças alérgicas das vias respiratórias chegam a triplicar. A dermatologista afirma que isso significa que aparecimento mais frequente de coceiras e lesões avermelhadas no rosto e dobras da pele, principais sintomas da dermatite atópica. As dicas da médica para proteger a pele desse problema comum no frio e também contra a coceira provocada pela caspa são banhos rápidos e mornos, usar sabonete de glicerina e hidratação vigorosa e manter os ambientes ventilados e livres de poeira. Em casos leves de dermatite atópica são indicados corticoides de uso tópico, sempre com orientação médica. Em reações graves, o tratamento pode ser feito com anti-histamínico oral, corticoide ou imunossupressores. Já a incidência da urticária é de 15%, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia. A doença é caracterizada por manchas vermelhas elevadas em várias partes do corpo, que podem coçar ou não e desaparecem espontaneamente, para depois voltar. Quem já teve crises de dermatite atópica tem maior predisposição. A médica afirma que o tratamento é feito com anti-histamínico, mas o ideal é prevenir a doença, protegendo-se do excesso de frio ou de calor. (TM)