Seu filho gagueja? É com esta pergunta que o Instituto Brasileiro de Fluência, em parceria com diversas instituições, está promovendo a campanha “Gagueira não tem graça, tem tratamento”, para esclarecimento da população sobre a doença. O Dia Internacional de Atenção à Gagueira foi celebrado em 22 de outubro, mas o curso de Fonoaudiologia da Uniube prepara ações educativas no mês de novembro, abertas à população.
Segundo a diretora e fonoaudióloga Mariana Marquez, a gagueira é classificada como um distúrbio neurológico, que afeta profundamente a vida de seu portador e possui várias causas. “Pode ser um trauma, como lesões cerebrais, ou um distúrbio emocional, mas é importante avaliar cada caso. Há outras questões que podem ser confundidas com gagueira, como alguma dificuldade presente por problemas no desenvolvimento da fala, ou mesmo um ‘tic’”, explica a fonoaudióloga. Mesmo pessoas adultas que apresentam a gagueira instalada de longa data, quando em tratamento fonoaudiológico adequado, apresentam melhoras significativas, otimizando suas relações de comunicação, minimizando significativamente o distúrbio e o sofrimento interno que ele ocasiona. O tratamento terapêutico adequado ajuda o paciente a praticamente eliminar a gagueira em crianças e no caso de adultos a falar de maneira mais suave e natural, sem tanta dificuldade, minimizando assim os impactos negativos do distúrbio na vida da pessoa.
Apesar de ser um distúrbio que incide em 5% da população e se intensifica em 1% dela, numa proporção de quatro homens para uma mulher, a gagueira ainda não recebe a atenção e o cuidado que necessita. Ela é ainda hoje pouco entendida pela grande maioria das pessoas e o que prevalece é o conhecimento popular sobre o assunto. Mais informações no site do Instituto Brasileiro de Fluência: www. gagueira.org.br.