Gengivite atinge índice alarmante, mas pode ser evitada com higiene

A gengivite está entre as doenças orais mais comuns da atualidade. Hoje, sabe-se que existe um número muito grande de micro-organismos, como bactérias, fungos e vírus, vivendo na nossa boca. A maioria dos micro-organismos forma um ecossistema equilibrado, que inclusive ajuda na proteção de uma série de patologias ou doenças que tentam invadir o organismo através da boca. Embora ninguém precise ficar assustado com isso, pois se trata de algo normal, sem cuidado, esses micro-organismos podem se tornar nocivos. Na realidade, essas doenças são verdadeiras epidemias, que acometem cerca de 80% da população mundial.

De acordo com o cirurgião-dentista Hugo Giovanni Motta Benedetti, a gengivite é a inflamação da gengiva, causada pela placa bacteriana ou biofilme dental. “Esse biofilme é um aglomerado de diversas bactérias em função da má higienização bucal. Esse biofilme forma toxinas que irritam a gengiva, levando à gengivite. Com a doença, a gengiva fica avermelhada, inchada, com sangramento algumas vezes espontâneo e mau hálito. Se esse biofilme não for removido, ele pode evoluir para o tártaro ou cálculo dental, que nada mais é que a calcificação desse biofilme, que pode chegar a cobrir todo o dente”, explica.

Ainda conforme o especialista, por ser um problema relacionado aos maus hábitos, a prevenção é muito simples. “Uma boa higiene é o principal. Escovar os dentes e usar fio dental sempre após as refeições e consultar o dentista para uma profilaxia são essenciais. Às vezes, o cálculo dental pode estar alojado por baixo da gengiva e só o profissional será capaz de diagnosticar o problema”, ressalta Benedetti.

Vale lembrar que a gengivite é a mais branda das doenças periodontais e geralmente pode ser facilmente identificada quando há sangramento durante a escovação ou quando há presença de sangue nos alimentos que se está ingerindo. A falta de regularidade na escovação, a não inclusão do fio dental durante a higiene bucal e o excesso de alimentos que se transformam em açúcar acabam favorecendo o aparecimento dessas placas bacterianas, que liberam toxinas e irritam a gengiva.