SAÚDE

há outra forma de prevenção contra infecções pelo vírus HPV

Como nem sempre os sintomas surgem no início da infecção, o ideal é manter o hábito de visitar o médico ou dentista regularmente

Publicado em 13/04/2013 às 08:09Atualizado em 19/12/2022 às 13:38
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As vacinas ainda não estão disponíveis no SUS, apenas na rede privada

Como nem sempre os sintomas surgem no início da infecção, o ideal é manter o hábito de visitar o médico ou dentista regularmente e realizar o diagnóstico precoce, que pode ser feito com minucioso exame da cavidade oral, no caso de lesões orais, pelo cirurgião de cabeça e pescoço ou otorrinolaringologista, no caso de lesões da laringe, através do exame de videolaringoscopia, uma endoscopia da laringe. “Esse exame simples é realizado no próprio consultório e permite visualizar a presença de lesões na laringe. Tais lesões podem, na maioria das vezes, ser removidas sem maiores dificuldades pelo especialista e a presença do vírus detectada”, afirma o cirurgião Rogério Tiveron.

Uma vez diagnosticado e iniciado o tratamento do câncer oral, as chances de cura vão depender da localização do tumor. “Tumores de boca localizados no lábio ou no palato têm melhor prognóstico que tumores da língua. Na laringe, tumores localizados na glote, ou seja, na região das cordas vocais, têm prognóstico melhor que aqueles localizados em outras regiões da laringe. De uma maneira geral para os casos de câncer oral ou de laringe nas fases iniciais, as chances de cura podem chegar a 90%. Nos casos muito avançados, esta chance pode cair para até 10%”, afirma.

Prevenção. Além da visita ao dentista ou médico especialista, há outra forma de prevenção contra infecções pelo vírus HPV, a vacina. “Há uma centena de tipos de HPV, mas a maioria das infecções é causada por apenas quatro deles. As versões 16 e 18 do vírus são responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero, além do câncer de boca e laringe. Já os HPV 6 e 11 respondem por 90% das verrugas genitais, além das lesões orais e da laringe. As três doses recomendadas da vacina ainda não estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), apenas na rede privada, mas já tem sido usadas na prevenção do câncer de colo de útero”, frisa.

Rogério Tiveron destaca que a vacina tem maior eficácia se for feita no início da atividade sexual de homens e mulheres, principalmente na faixa dos 9 aos 26 anos, pois nesta fase as pessoas ainda não se expuseram ao vírus, que é transmitido principalmente pela via sexual. Além disso, quanto mais jovem o organismo, mais anticorpos ele produz. “Existem duas vacinas de dois grandes laboratórios no mercado. Uma delas, a bivalente, protege contra os vírus mais associados ao câncer de colo do útero, o 16 e o 18.

A quadrivalente ou tetravalente abrange maior variedade. Além do HPV que causa o câncer, previne contra os tipos 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais e da cavidade oral e laringe”, explica o cirurgião.

Porém, como ainda não são fornecidas pelo SUS, o preço é alto para a maioria da população. “No caso da bivalente, cada um das três aplicações necessárias custa, em média,

R$ 300. Já a tetravalente sai por cerca de R$ 400, cada dose, sendo que também são três”, completa Tiveron. (TM)

 

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