SAÚDE

HC da UFTM realiza cirurgia inédita para tratar aneurisma

O HC trata média de três pacientes vítimas de aneurisma por semana, dos quais pelo menos um tem condições de ser...

Publicado em 07/06/2012 às 08:43Atualizado em 19/12/2022 às 19:15
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Na sexta-feira, 1º, o Serviço de Neurointervenção do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM) realizou a primeira neurocirurgia endovascular do interior de Minas Gerais. A técnica, minimamente invasiva, consiste em introduzir microcateteres nas artérias periféricas do paciente, principalmente na artéria femoral, tornando possível o tratamento de patologias vasculares cerebrais. Atualmente, o hospital trata uma média de três pacientes vítimas de aneurisma por semana, dos quais pelo menos um tem condições de ser beneficiado com a neurocirurgia endovascular.

A equipe do Serviço de Neurointervenção é composta pelos médicos Ricardo Soffiatti Mesquita de Oliveira e Renato Vilela Ribeiro, da especialidade neurorradiologia intervencionista, e Leopoldo Prézia Araújo e Roberto Alexandre Dezena, da especialidade neurocirurgia vascular. “Isso representa uma revolução na cirurgia do aneurisma, porque antes a cirurgia era feita com corte, mas agora temos essa opção de fazer essa cirurgia sem cortes. Ela é feita por dentro da artéria. No caso de sexta-feira, não foi preciso abrir a cabeça, sendo uma modalidade que vemos nos maiores centros de neurocirurgia do mundo. No interior de Minas Gerais somos pioneiros. Uberlândia não conseguiu credenciamento.

A nossa referência mais próxima, para onde mandávamos nossos pacientes, é Belo Horizonte”, destaca o neurocirurgião Roberto Dezena.

Ele explica que o paciente foi submetido à embolização de uma malformação arteriovenosa cerebral, por meio da introdução por via intra-arterial de uma substância chamada Onyx, com uso dos microcateteres. Com isso, é possível a solução da malformação vascular. O neurocirurgião esclarece, ainda, que entre as vantagens desta cirurgia está o menor tempo de internação, o que reduz o risco de infecções e acelera a recuperação total do paciente. O primeiro paciente recebeu alta no sábado, 2, e passa bem.

De acordo com Dezena, além das malformações vasculares cerebrais, a técnica permite o tratamento endovascular de determinados tipos de aneurismas cerebrais, sobretudo aqueles com acesso cirúrgico difícil, sendo utilizadas micromolas, que obstruem o interior do aneurisma, excluindo-o na circulação. A técnica também pode auxiliar o tratamento cirúrgico de determinados tipos de tumores cerebrais, obstruindo sua vascularização antes da cirurgia, com vistas a permitir tratamento operatório mais seguro. “Os procedimentos de neurointervenção são importantes aliados no tratamento das patologias vasculares cerebrais, já que algumas lesões são de acesso neurocirúrgico muito difícil, às vezes impossível”, afirma.

O Serviço de Neurointervenção está disponível a todos os usuários do Sistema Único de Saúde atendidos na macrorregião de Uberaba, o que inclui 27 municípios, atingindo cerca de um milhão de habitantes.

 

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