Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, a hepatite é a inflamação do fígado e pode ser causada por vírus, consumo de álcool e drogas, uso de alguns tipos de remédios, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. Existem cinco tipos de vírus causadores da hepatite: A, B, C, D e E. No Brasil, porém, os casos mais comuns são os tipos causados pelo vírus A, B e C.
As hepatites virais têm como sintomas mais frequentes o cansaço, tontura, enjoo, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Os sintomas, muitas vezes, não são facilmente identificados, dificultando o diagnóstico da doença, que é confirmada por meio de exames de sangue específicos. “A incidência da hepatite ainda é grande no Brasil e o grande problema é que seus sintomas não são tão facilmente identificados”, destaca a gastroenterologista Cátia Rejania Ribeiro de Melo.
A especialista explica que a hepatite tipo A, é transmitida por meio da ingestão de alimentos contaminados com fezes infectadas pelo vírus. O tipo B é transmitido por meio de contato com sangue de uma pessoa que tenha a doença, relação sexual sem uso de preservativo ou de mãe para filho, por meio do cordão umbilical. O tipo C é transmitido somente por meio do sangue contaminado com o vírus.
Algumas atitudes simples, porém, podem ajudar na prevenção da doença. Manter as mãos sempre limpas e higienizadas previne a hepatite A. Já a hepatite B e C podem ser evitadas com o uso de preservativos durante as relações sexuais, além de evitar o compartilhamento de seringas e contato com sangue. “A hepatite B é a única que tem vacina de prevenção, criada em 1982 e, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, é eficaz em 95% dos casos. Mais de um bilhão de doses da vacina já foram utilizadas em todo o mundo”, afirma Cátia.
Levantamento do Ministério da Saúde indica que 33 mil novos casos de hepatites são registrados no País. “E a hepatite C é considerada a principal causa de transplante de fígado em países desenvolvidos e responsável por cerca de 60% das hepatopatias crônicas”, ressalta gastroenterologista.