O índice é menor em mulheres antes da menopausa
Na lista das principais doenças crônicas que atingem as brasileiras, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo IBGE de 2008, aparecem hipertensão (14%) e doença de coluna ou costas (13,5%), artrite ou reumatismo (5,7%), bronquite ou asma (5,0%), depressão (4,1%), doença de coração (4,0%) e diabetes (3,6%). Segundo o cardiologista Carlos Alberto Ribeiro Arruda, dados importantes e que aumentam o risco de doenças cardíacas e hipertensão em mulheres são o tabagismo e o uso de anticoncepcionais. O especialista explica que a associação do medicamento com o fumo pode induzir formações trombogênicas, que é o aparecimento de coágulos de sangue que se acumulam em artérias ou veias de qualquer parte do corpo, elevando a ocorrência de derrames e infartos em mulheres. A incidência nas mulheres antes da menopausa costuma ser menor que nos homens, mas começa a se elevar por volta dos 65 anos, quando praticamente equipara-se ao número de casos registrados neles. “A principal diferença é que elas, quando jovens, estão mais protegidas pelos hormônios”, afirma. O momento ideal de se procurar um cardiologista pela primeira vez depende da realidade que vive cada um. “Pessoas que possuem forte histórico familiar de doenças cardíacas devem ficar mais atentas. Para homens acima de 40 anos, são recomendadas visitas anuais, assim como para as mulheres acima dos 50 anos, desde que, anteriormente, não tenham sentido nenhum sintoma ou mal-estar incomum”, destaca o médico.
Para quem apresenta fatores de risco ao aparecimento de doenças cardíacas, como diabetes, colesterol alto, tabagismo, pressão alta ou obesidade, as visitas ao cardiologista devem ser mais regulares.