SAÚDE

Hospital de Clínicas trata doenças cerebrais por meio de cateterismo

Credenciado em março deste ano pelo Ministério da Saúde, o Serviço de Alta Complexidade em Cirurgia...

Publicado em 28/11/2012 às 14:57Atualizado em 19/12/2022 às 16:02
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Credenciado em março deste ano pelo Ministério da Saúde, o Serviço de Alta Complexidade em Cirurgia Endovascular e Neurointervenção do Hospital de Clínicas da UFTM tem obtido sucesso com procedimento que, no estado de Minas Gerais, só era oferecido por Belo Horizonte. Trata-se de um método menos agressivo para tratamento de aneurismas, malformações arteriovenosas e tumores vasculares, por meio de cateterismo. Atualmente, o setor atende cerca de 40 cidades, entre os 27 municípios da macrorregião além de outros do Triângulo Mineiro, Pontal do Triângulo e norte do estado São Paulo.

De acordo com o cirurgião endovascular Ricardo Soffiatti, esse é um procedimento complementar, realizado em pacientes que não têm condições de se submeter à craneotomia, ou seja, a uma cirurgia aberta. “É importante ressaltar que essa modalidade terapêutica, mais recente no mundo, não veio para concorrer com a neurocirurgia e nem substituí-la, mas para complementar. É feita justamente em pacientes sem condições de se submeter a uma cirurgia invasiva”, afirma. O tratamento pode ser indicado, por exemplo, para um paciente com o aneurisma localizado em região de difícil acesso via cirurgia aberta.

O método também é indicado em casos de malformação arteriovenosa, que são redes capilares extensas que podem sangrar muito em caso de AVC hemorrágico e estão profundamente situadas no cérebro. “Aplicamos uma solução via cateterismo semelhante às colas tradicionais, como a Superbonder, ou a uma espécie de ‘gelatina’, que entra nos capilares doentes, fechando-os”, explica. Para o médico, o importante é que o procedimento pode ser repetido quantas vezes for necessário.

O cirurgião explica que, com resultados positivos e poucas complicações, muitas vezes o tratamento cura o aneurisma, mesmo quando ele já se rompeu. “Essas doenças são muito graves, levando à morte de maneira muito rápida. São pacientes que têm outras comorbidades, geralmente hipertensão arterial. Muitos deles chegam ao pronto-socorro já com AVC hemorrágico. Então, o óbito é inerente à própria doença grave que ele apresenta”, afirma Ricardo Soffiatti. O procedimento vem se tornando cada vez mais frequente para o tratamento de doenças mais graves e complexas.

Os pacientes são tratados no setor de Hemodinâmica, que realiza a média de 160 procedimentos arteriográficos por mês, incluindo procedimentos cardiológicos e vasculares periféricos com baixo tempo de espera para os pacientes.

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