O Alzheimer é uma doença que se caracteriza por depósitos anormais no cérebro de uma proteína beta-amiloide que...
Pesquisadores da University College of London, no Reino Unido, identificaram anticorpos que bloqueiam o processo de desintegração das sinapses do mal de Alzheimer. Com isso, aumentam as esperanças de um tratamento capaz de conter o declínio cognitivo na fase inicial da doença.
O Alzheimer é uma doença que se caracteriza por depósitos anormais no cérebro de uma proteína beta-amiloide que induz à perda de sinapses, que são as ligações entre os neurônios. Os cientistas descobriram que anticorpos específicos, que conseguem bloquear a função da proteína DKK1, são capazes de suprimir completamente o efeito tóxico da beta-amiloide durante as sinapses.
Segundo Patricia Salinas, bioquímica na University College of London, a descoberta leva à possibilidade de se pensar em um tratamento que integre a proteína DKK1. “Esta pesquisa identifica a DKK1 como um potencial alvo terapêutico para o tratamento da doença de Alzheimer. Mais importante ainda é que esses resultados aumentam as esperanças de um tratamento e, talvez, da prevenção do declínio cognitivo precoce na doença de Alzheimer”, completa a pesquisadora.
Os resultados foram publicados na revista científica Journal of Neuroscience. Ocasionalmente, a doença afeta pessoas com menos de 50 anos, mas comumente idosos a partir de 65 anos. A prevalência estimada é de cerca de 1 a 6% da população até 65 anos; a prevalência aumenta consideravelmente com a idade, chegando até a 50% das pessoas que atingem os 85 anos de vida. Há uma forma pré-senil, que ocorre entre os 50 e 60 anos e uma forma senil, que inicia mais tarde.