A Aids está aumentando entre os idosos e aqueles que são HIV positivo têm maior risco de contrair outras doenças não relacionadas ao HIV ou à Aids. Dados mostram que, de 1990 a 2010, o número de pacientes soropositivos com idade entre 50 e 64 anos aumentou de 3% para 25%.
As chamadas “comorbidades”, ou doenças secundárias, são um tópico de discussão crescente na medicina de HIV – particularmente as comorbidades não relacionadas à Aids – e que elas ocorrem com a AIDS, apesar do tratamento retroviral. É o caso de doenças cardiovasculares e pulmonares, além de hábitos como consumo de álcool e cigarro.
Segundo pesquisadores suíços, o tratamento e a prevenção de doenças não relacionadas do HIV são cada vez mais necessários para pessoas da terceira idade que sejam soropositivas. O trabalho, desenvolvido pelo grupo Swiss HIV, reuniu vários estudos realizados com mais de 9.000 pacientes soropositivos, de janeiro de 2008 a dezembro de 2010.
A coordenadora do Hospital de Epidemiologia, no Hospital Universitário de
Zurique, Barbara Hasse, explica que pacientes soropositivos podem conviver com o HIV desde que se tratem, o que permite que levem uma vida normal. Segundo a pesquisadora, o tratamento com antirretrovirais pode prolongar a vida dessas pessoas.