Estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras de câncer. No Brasil, a cada ano, 685 mil pessoas são infectadas por algum tipo do vírus. O HPV é capaz de infectar a pele ou as mucosas e possui mais de 100 tipos. Do total, pelo menos 13 têm potencial para causar tumores. Em relação ao câncer de colo do útero, estimativas indicam que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença. No Brasil, 5.160 mulheres morreram, em 2011, em decorrência deste tipo de câncer. Para 2013, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) avalia o surgimento de 17.540 novos casos.
O Ministério da Saúde orienta que mulheres entre 25 e 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, anualmente. Como nem sempre os sintomas surgem no início da infecção, o ideal é manter o hábito de visitar o cirurgião de cabeça e pescoço ou otorrinolaringologista e mesmo o dentista regularmente para o diagnóstico precoce. “Esse exame simples é realizado no próprio consultório e permite visualizar a presença de lesões na laringe. Tais lesões podem, na maioria das vezes, ser removidas sem maiores dificuldades pelo especialista e a presença do vírus nestas lesões pode ser detectada”, afirma o cirurgião Rogério Tiveron.
Uma vez diagnosticado e iniciado o tratamento do câncer oral, as chances de cura vão depender da localização do tumor. “Tumores de boca, localizados no lábio ou no palato, têm melhor prognóstico que tumores da língua. Na laringe, tumores localizados na glote, ou seja, na região das cordas vocais, têm prognóstico melhor que aqueles localizados em outras regiões da laringe. De uma maneira geral, para os casos de câncer oral ou de laringe nas fases iniciais, as chances de cura podem chegar a 90%. Nos casos muito avançados, esta chance pode cair para até 10%”, afirma.
A incorporação da vacina complementa as demais ações preventivas do câncer pelo HPV, como a realização do Papanicolau e o uso de camisinha em todas as relações sexuais.