Segundo estimativa do Inca, são diagnosticados cerca de 50 mil novos casos de câncer por ano. Destes, 12 mil são em mulheres jovens
Leandro De Vitto lembra que a mamografia é o único exame que detecta um tumor antes de ele ser palpável
Segundo estimativa do Inca, são diagnosticados cerca de 50 mil novos casos de câncer por ano. Destes, 12 mil são em mulheres jovens
O Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (Inca), anunciou, ontem, sete novas recomendações para reduzir a mortalidade por câncer de mama. Este ano, as recomendações são focadas no tratamento dos tumores. As atuais pretendem complementar aquelas lançadas no ano passado, igualmente por conta do Outubro Rosa, quando o foco foram ações de prevenção e detecção precoce da doença.
Embora as recomendações não tenham força de lei, se aplicadas nos sistemas de saúde, têm potencial para reduzir a mortalidade por câncer de mama, o tumor que mais mata mulheres em todo o país.
Segundo estimativa do Inca, o país terá 500 mil novos casos de câncer por ano, sendo cerca de 50 mil de câncer de mama. Destes, 12 mil são mulheres em faixa etária economicamente ativa, que chegam a óbito por falta de informação, deixando de fazer o exame preventivo de câncer de mama. Por isso, é tão importante que mulheres a partir dos 40 anos façam regularmente uma consulta a um mastologista, para que, caso aconteça, o câncer seja diagnosticado precocemente, aumentando em 95% as chances de cura.
De acordo com o mastologista Leandro De Vitto, há uma questão pouco difundida sobre o exame de toque. Ele é válido para diagnóstico seguro do câncer de mama? Para o especialista, o exame conhecido como mamografia é o único capaz de detectar um tumor antes do ponto em que ele passa a ser palpável. “O ideal é descobrir a doença na fase inicial. Se ele está palpável, tudo bem, ainda está pequeno e passível de tratamento, mas se o encontrarmos bem no início, através da mamografia ou, algumas vezes, pelo exame de ultrassom, é muito melhor”, explica De Vitto.
Por outro lado, o médico vê o autoexame como uma forma de a mulher se conscientizar da importância da prevenção, porém ela não deve descartar o exame, ou rastreamento, anual, a partir dos 40 anos, com o profissional especializado.
“O exame de sangue não é 100% confiável, uma vez que só detecta, ainda assim dificilmente, as células liberadas quando o câncer chegou à fase de metástase, ou seja, quando ele começa a se espalhar”, revela. Para De Vitto, a melhor prevenção são o conhecimento e o acesso à mamografia.