SAÚDE

Infectados por hepatite C não apresentam sintomas no início

Em Uberaba, no ano de 2012 foram diagnosticados 38 casos dos três tipos de hepatite. Já em 2013, o número de notificações caiu para 16, mas continua exigindo prevenção

Thassiana Macedo
Publicado em 28/01/2014 às 10:59Atualizado em 19/12/2022 às 09:15
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Reprodução

O diagnóstico e o tratamento precoces da doença são responsáveis por uma taxa de cura em cerca de 70% dos casos

Atualmente, a forma crônica da hepatite C atinge entre 2 e 3 milhões de brasileiros e mata mais que a Aids, isto porque o vírus se desenvolve lentamente e de forma silenciosa. Num período entre 20 e 30 anos destrói a capacidade de funcionamento do fígado levando o paciente à cirrose ou ao desenvolvimento do câncer de fígado. Somente quando estas duas doenças já estão instaladas é que aparecem os primeiros sintomas. No entanto, se descoberta nas fases menos graves, tem tratamento, o qual consegue a cura em aproximadamente 70% dos casos.

Em Uberaba, segundo o Departamento de Vigilância Epidemiológica, em 2012, houve a notificação de 38 casos de hepatite, sendo um do tipo A, 18 do tipo B e 19 do tipo C. Em 2013, esse número caiu para 16 casos da doença no município, sendo um de hepatite A, 6 do tipo B, 8 notificações de hepatite C e um caso apresentou resultado positivo para hepatite A e B.

De acordo com a gastroenterologista Geisa Perez Medina Gomide, a hepatite é uma inflamação do fígado, podendo surgir por variadas causas, dentre elas infecções por vírus, consumo exagerado de álcool, alguns medicamentos, uso de drogas, e ainda doenças hereditárias e autoimunes. A transmissão também ocorre de maneira diferente para os tipos A, B e C. Ela explica que no caso da hepatite mais grave, a tipo C, a transmissão de mãe para filho na gravidez é pequena e na amamentação é rara; a transmissão sexual também é baixa, mas a orientação é pré-natal e uso de preservativo. “A contaminação por hepatite do tipo C mais relevante acontece através do material cortante ou perfurante com sangue doente, como alicate de unha, seringas, aparelho de barbear, por exemplo”, revela.

A recomendação da especialista é manter alguns cuidados básicos que servem para a prevenção. Trata-se de impedir o contágio da hepatite. “No caso do tipo C, começando por nunca compartilhar estes utensílios de forma nenhuma. A tipo B, é com vacinação, que além de ser obrigatória é gratuita e está disponível em todos os postos”, esclarece a especialista. No caso da hepatite A, os cuidados devem ser diários, já que para esta não há vacina. “Como a doença atinge crianças, na maioria das vezes é benigna e quase 100% dos doentes se recuperam espontaneamente, o Ministério da Saúde acredita que seria gasto elevado incluí-la no calendário. Mas sabe-se que viroses, não só a hepatite A, pode desencadear outras doenças. Com o passar do tempo, a pessoa doente pode manifestar doenças autoimunes e isso não é observado pelo Ministério”, alerta Geisa.

Neste caso, a prevenção é manter a higiene dos alimentos, impedir contato de crianças com água e esgoto não tratado e ferver água para consumo. “Pessoas que nestas férias ainda vão viajar para praias a recomendação é tomar cuidado com a ingestão de frutos do mar. Manter a higiene das mãos após o uso do sanitário e antes de comer”, orienta a especialista.

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