SAÚDE

Infectologista alerta para a ineficácia da hidroxicloroquina como prevenção à Covid-19

Rodrigo Molina lembra que não há nenhum estudo que ateste a eficácia ou ineficácia da hidroxicloroquina como tratamento da Covid-19

Daniela Brito
Publicado em 15/06/2020 às 12:24Atualizado em 18/12/2022 às 07:02
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Foto/Arquivo JM O infectologista Rodrigo Molina coordena estudo nacional que analisa a eficácia da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19   Médico infectologista Rodrigo Molina coordena estudo nacional que analisa a eficácia da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19 no âmbito da UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro). O trabalho é capitaneado pelo Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo, sendo aplicado a 1.300 pacientes de uma rede de cinquenta hospitais e centros de ensino de todo país. Ele informa que atualmente não há nenhuma comprovação da eficácia do medicamento, “apenas relatos”. Além disso, o Conselho Federal de Medicina (CFM) recomenda que o uso deve ser feito em comum acordo entre médico e paciente, analisando cada caso devido aos possíveis efeitos colaterais.   Rodrigo Molina reforça que a hidroxicloroquina não deve ser usada de forma profilática, pois não previne o novo coronavírus. “Não há nenhum remédio que previne a doença. A única prevenção é o isolamento social e, se a pessoa for sair de casa, o uso da máscara de proteção”, diz o médico, ressaltando ainda que é preciso tomar cuidado em relação ao uso indiscriminado de vitaminas e medicamentos que aumentam a imunidade como forma de prevenção a Covid-19. “E desconfie de médicos que vendem medicamentos. Pode ser charlatanismo”, completa.   Ele também diz que a testagem em massa é “perda de tempo”. A medida é defendida pelo juiz Élcio Arruda nos autos da ação civil pública que tramita na Justiça Federal. De acordo com o médico, os testes sorológicos utilizados em testagem em massa não são eficazes visto que produzem resultados divergentes, como falsos positivos e falsos negativos. “Estes testes não ajudam pois só identificam se a pessoa teve contato com o vírus, detectando se há anticorpo ou não, identificado a resposta imunológica do corpo em relação ao vírus”, explica. Já os testes feitos por PCR, que seriam os ideais, são realizados através da coleta de material raspado da nasofaringe e mostram o vírus ativo no organismo do paciente, que posse ser transmitido. (DB)    

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