SAÚDE

Infectologista explica mitos e verdades já conhecidos sobre a variante Delta

Rafaella Massa
Publicado em 15/08/2021 às 10:38Atualizado em 18/12/2022 às 15:39
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Apesar de temerosa, a disseminação da variante Delta se tornou uma realidade no estado de Minas Gerais. Principalmente após a constatação da primeira transmissão comunitária no último dia 28 de julho, na região do Vale do Rio Doce. Tendo a disseminação da Delta como realidade, o que muda no cenário pandêmico atual?

Bem, como tudo acerca do coronavírus, ainda sabe-se pouco sobre a variante Delta e as informações falsas que circulam na internet confundem a cabeça de quem não é especialista no assunto. A infectologista Cristina Barata explica que, ainda não é comprovada maior gravidade na infecção pela Delta, porém, já foi constatado que ela é mais transmissível. “A pessoa que está com a variantes produz mais vírus e replica mais vírus. Então, ela transmite para mais pessoas”, explica.

Portanto, para evitar a transmissão e contato com variante, as recomendações são as mesmas: manter o uso do álcool em gel, da máscara, continuar com o distanciamento e evitar aglomerações. Também é comprovado, até o momento, que as vacinas disponíveis para imunização são efetivas em controlar a infecção de qualquer variante. "Por isso é muito importante as pessoas continuarem com as medidas de prevenção. Porque quanto mais vírus circular, maior o risco de transmissão e de aparecimento de novas variantes”.

Cristina reforça que é preciso prestar muita atenção nas informações coletadas sobre a Delta bem como sobre a Covid-19 em si, pois, muito se especula sobre ambas. “A gente vê aí um monte de fake news que a Delta tem sintomas diferentes, mas ela é exatamente como o coronavírus do início. Tem sintomas gripais, pode ter sintomas gastrointestinais lembrar um quadro só de febre, dor no corpo, não muda nada”, reforça a infectologista.

Quem pegou Covid-19 pode pegar a Delta?

A resposta é talvez. Segundo a Cristina, pode acontecer a infecção sim, porém, quando é produzido o anticorpo de uma doença, seja por uma infecção natural ou por uma infecção pós-vacina, o sistema imunológico pode se proteger contra várias variantes. “As variantes não são doenças diferentes, como por exemplo uma dengue que tem tipo 1, 2, 3 e 4. Essa variante não, ela só tem características genéticas, o próprio vírus modificou alguma estrutura da sua composição, geralmente na proteína de agregação [...]. O que a gente vê do coronavírus é tudo muito impreciso nessas informações”, afirma a infectologista.

Porém, não quer dizer que quem está imune não pode pegar, pois depende de fatores com a quantidade de vírus em que a pessoa é exposta, o status imunológico, a capacidade desse sistema de produzir resposta e anticorpo de maneira permanente ou transitórias e se o infectado não tem comorbidades que podem conduzir ao agravamento dessa doença. Portanto, na dúvida, se proteja. “A grande recomendação é: evite aglomerações, se você tem contato com pessoas de maior risco, não corra risco de levar o vírus para dentro de casa. A gente tem visto muito ainda no próprio núcleo familiar as pessoas adoecerem”, finaliza.

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