O corpo humano tem uma capacidade notável para curar a si mesmo. Mas, por desgaste natural das células e estilo de vida das pessoas, com o tempo vamos perdendo essa capacidade. Por isso, a medicina precisou desenvolver um processo que acelera essa regeneração em ossos quebrados, ligamentos rompidos etc. É pela reinjeção de um concentrado de plasma rico em plaquetas, que facilita o processo de cura natural. Recorrendo ao próprio sangue do paciente, as plaquetas são reinjetadas diretamente na área afetada. “Elas provocam a liberação de fatores de crescimento especiais, que levam à cicatrização do tecido machucado, promovendo alívio da dor e resolução do processo inflamatório”, explica o ortopedista José Fábio Lana. Processo que evita ainda as complicações por rejeição e possíveis infecções hospitalares. “Alguns fatores diminuem a liberação de células-tronco, como o tabagismo e o consumo de álcool, e essas injeções maximizam a liberação de células-tronco, otimizando a cicatrização”, alerta o especialista. Por isso, Lana destaca a importância de se evitar esses hábitos para aumentar o sucesso não somente do procedimento, mas para recuperação da qualidade de vida. De acordo com Lana, o procedimento se baseia na emissão de comandos para o envio de células-tronco ao local onde há uma lesão sinalizando que precisa ser reparado. Esses comandos são enviados pelo PRP injetado na área lesionada, com orientação de raios X, o que favorece a precisão do tratamento. “É uma opção de tratamento para várias lesões ortopédicas, que tradicionalmente têm exigido procedimentos cirúrgicos ou outros tratamentos invasivos. As injeções estão sendo utilizadas com frequência e estudos recentes têm comprovado a sua eficácia”, completa. O PRP foi desenvolvido inicialmente há 20 anos para ajudar na cicatrização da ferida e perda de sangue em cirurgias do coração. O número de injeções varia de acordo com a gravidade e do tipo de lesão, como também com a idade do paciente. Quanto mais jovem, menos injeções.