SAÚDE

Jornada de Gastroenterologia discute transplante de intestino

Sensibilizar as pessoas sobre a importância da doação de órgãos esteve entre os principais temas da Jornada de Gatroenterologia realizada na Universidade de Uberaba (Uniube)

Thassiana Macedo
Publicado em 25/09/2014 às 08:29Atualizado em 17/12/2022 às 03:31
Compartilhar

Sensibilizar as pessoas sobre a importância da doação de órgãos esteve entre os principais temas da Jornada de Gatroenterologia realizada na Universidade de Uberaba (Uniube). Além disso, é o mote da campanha Setembro Verde, instituída pelo Mario Palmério Hospital Universitário durante a Semana Nacional de Doação de Órgãos, que vai até o dia 28. Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), atualmente, cerca de 30 mil pessoas aguardam na fila de espera e, de cada dez pessoas abordadas, metade se nega a doar os órgãos de seus familiares. No primeiro semestre de 2014, foram realizados no Brasil 153 transplantes de coração, 852 de fígado, 14 de pâncreas, 59 de pâncreas e rim, 28 de pulmão e 2.750 de rim. Fora dessa lista entram aqueles que aguardam transplante de intestino e multivisceral.

De acordo com o médico paulista Rafael Pêrcora, trata-se de um tema novo, muito complexo e bastante atual. “A importância reside no fato de esta modalidade de transplante estar se iniciando agora no Brasil. Os primeiros casos foram feitos no início dos anos 2000, mas através de um programa bem estabelecido e organizado. Com o apoio do Ministério da Saúde, a modalidade estabeleceu-se a partir de 2010. Equipes de São Paulo passaram a se organizar e se preparar para fazer esse tipo de transplante de forma organizada e dentro de um programa de fato, e não em casos esporádicos”, esclarece.

O médico Rafael Pêrcora destaca que existe um grande número de doentes no Brasil que necessitam desta modalidade de tratamento. “Acredito ainda que existe um desconhecimento por parte da comunidade médica e dos profissionais de Saúde, como um todo, no que se refere a esse tipo de transplante no país”, frisa.

Com o tema “Dê o melhor de si”, a Campanha Setembro Verde tem como objetivo conscientizar a população para a importância da doação de órgãos e, consequentemente, ampliar o número de doadores. “Na verdade, não existe transplante sem doador. Portanto, é primordial conscientizar a população da importância da doação e de que ela faz parte do sucesso do transplante. Não adianta mandar pessoas para treinar em centros especializados nos Estados Unidos ou na Europa, se a população de modo geral não tiver a consciência de que sem doação não há transplante. Mas também não adianta a população doar, se não tivermos condições de cuidar bem dos doadores. Ou seja, é um trabalho de formiguinha. Aumenta-se o número de doações, mas tem que melhorar os cuidados com os doadores, através de investimento na estrutura básica dos centros de saúde, para de fato melhorar o número de transplantes”, reforça o especialista.

O especialista ressalta que o Brasil está longe de chegar ao número de doações registradas em países como a Suécia e a Espanha, onde sobram órgãos.

Assuntos Relacionados
Compartilhar

Nossos Apps

Redes Sociais

Razão Social

Rio Grande Artes Gráficas Ltda

CNPJ: 17.771.076/0001-83

JM Online© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por