SAÚDE

Karol Conká "tombada": como a cultura do cancelamento ainda tem espaço no Brasil

Eduardo Marins
Publicado em 06/02/2021 às 11:36Atualizado em 19/12/2022 às 05:00
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A 21ª edição do Big Brother Brasil trouxe de volta à tona a chamada “cultura do cancelamento” com o comportamento recente da cantora Karol Conká, que acabou “tombada” com as duras críticas que tem recebido pela forma que ela vem se comportando na casa e como tem tratado os “brothers e sisters” do reality, sobretudo o cantor Lucas Penteado, que chegou a se isolar e a chorar sozinho no quarto.

Como muita gente sabe, a internet “não perdoa” e, automaticamente, os brasileiros indignados com o episódio pediram o “cancelamento” da cantora. O termo “cancelar” tem sido usado nas redes sociais para repudiar uma atitude negativa de algum famoso.

Ao Jornal da Manhã, o psicólogo do sistema Hapvida Carol Costa (foto) explicou como as redes sociais têm ampliado a voz de “justiceiros” da vida alheia. “Esses movimentos tendem a querer ser ouvidos. Existe a questão simplista de você externar a sua realidade ou crença e o que você acha que é certo, do seu próprio julgamento do que é certo e o que é errado, do que é leviano, do que é banal, do que é correto e justo”, explica.

A tecnologia tem facilitado a troca e a exposição de opiniões, segundo o psicólogo, e é justamente essa facilidade que traz muitos perfis “camuflados” no anonimato. “Tem pessoas que se transvestem num personagem, no sentido de ser um justiceiro ou voz do povo”, explica, apontando que muitas vezes esse julgamento não chega ao julgado, o que garante a “possibilidade de falar e não ser identificado”.

Sobre as ações da rapper Karol Conká, o psicólogo acredita que têm, sim, similaridade com tortura psicológica. “A partir do momento que você externa um pensamento seu e ela frisa ‘o Brasil está vendo que você quer ganhar o jogo’, ou seja, dentro do meu argumento, para somar, eu puxo os outros de fora pra fazer força, como se fosse um movimento para atacar a pessoa e ela perder força”, reforça.

E os atos da participante do reality podem ter sérias consequências para o outro participante que foi o alvo. “Você escutando aquilo o tempo todo, a paciência acaba tendo limite, sabe-se lá os danos que essa pessoa pode sofrer, temos insônia, tremores, mal-estar, entre outros sintomas”, finaliza.

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