SAÚDE

Leishmaniose visceral atinge a região

UFTM sediou, na semana passada, Reunião aplicada em Doença de Chagas e Leishmaniose. Realizado há 26 anos, o encontro articula os pesquisadores e acadêmicos

Publicado em 02/11/2010 às 11:37Atualizado em 20/12/2022 às 03:26
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Universidade Federal do Triângulo Mineiro sediou, na semana passada, Reunião aplicada em Doença de Chagas e Leishmaniose. Realizado há 26 anos, o encontro articula os pesquisadores e acadêmicos com os profissionais de serviço de saúde que atuam no controle das doenças.

O professor Guilherme Loureiro Werneck, representante da Escola Nacional de Saúde Pública – Fiocruz e Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, explica que as doenças são classificadas como negligenciadas, por conta de poucos recursos para diagnóstico e tratamento.

Loureiro esclarece que o debate gira em torno de discussões sobre alternativas para evitar que a transmissão da doença aconteça. “A cada ano, novas descobertas são realizadas e por isso é necessária a interação para atualizar estratégias de prevenção, uma vez que as drogas desenvolvidas para esses tratamentos datam do início do século. Os novos medicamentos estão em teste, inclusive no Brasil”, pontua.

Leishmaniose visceral. Loureiro lembra que a doença é considerada grave e está em expansão no Brasil. Segundo o pesquisador, a Organização Mundial de Saúde reconhece que não existem meios concretos de conter o desenvolvimento da enfermidade. A leishmaniose é transmitida ao homem através da picada de um mosquito. Em região rural e de mata, os roedores e raposas são os principais reservatórios da doença. No ambiente urbano, os cães fazem esse papel. “A doença afeta o sistema imune, a pessoa perde peso, tem diarreia, a barriga cresce e, se não for tratada, pode ir a óbito”, observa.

De acordo com o professor, até a década de 80 a leishmaniose era restrita à área nordestina, mas se espalhou, atingindo Minas (na região central de Belo Horizonte, norte do Estado e Uberlândia), interior de São Paulo, Mato Grosso do Sul e há registros de casos até no Rio Grande do Sul.

“A prevenção é feita a partir do uso de inseticidas para controlar a ação. Uma das alternativas é identificar os reservatórios da infecção, que no caso do meio urbano é o cão doméstico”, finalizou.

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