SAÚDE

Linguagem de internet não prejudica jovens

Kátia Alvarenga e Adriana Tomaz tranqiilizam os pais quanto às influências da internet no dia-a-dia

Publicado em 30/03/2010 às 11:32Atualizado em 17/12/2022 às 06:06
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Kátia Alvarenga e Adriana Tomaz tranqiilizam os pais quanto às influências da internet no dia-a-dia     Vivemos cercados de diferentes recursos tecnológicos, que surgem com velocidade impressionante e são incorporados à nossa rotina de forma ainda mais rápida, em especial à dos jovens. Isso porque estão mais familiarizados às possibilidades dessas ferramentas, já que nascem inseridos nessa nova realidade. E a internet, meio de entretenimento, lazer e socialização de conhecimentos, tem tornado cada vez mais comum a linguagem “net”.   Porém, até que ponto essa tendência dos jovens pode influenciar suas ações do dia-a-dia e até mesmo seu futuro profissional? A educadora e advogada Kátia Alvarenga diz que, na prática, os jovens sabem diferenciar bem a hora de usar a linguagem culta, apropriada para o ambiente escolar ou profissional. “Tenho alunos que fazem português, sempre ligados à internet, e todos têm consciência de que conversar na internet é destinado apenas ao momento com os amigos”.   E cada vez mais os adolescentes usam linguagem própria na web, que surgiu de uma necessidade: a pressa. Os torpedos no celular, blogs, e-mails, MSN, Twitter, trazem novas formas de comunicação e começa, então, a preocupação dos pais com a “linguagem adolescente”. Será que eles colocariam em uma redação de vestibular algo como “vc”, “tbm”, “pq”?   Para Kátia, a preocupação surge quando aparecem erros de português nas tarefas. “O que ocorre é trocar o ‘ç’, esquecer o ‘til’, ou escrever casa com ‘z’, por exemplo, mas isso só acontece quando o jovem já possui essas dificuldades com a língua”, declara. Isso porque, de acordo com a educadora, jovens que escrevem errado apresentam deficiência de alfabetização, o que não parte do contato com a internet.   Segundo Adriana Tomaz, responsável pelo Método Kumon, a criação de línguas especiais surge da necessidade de pertencer a um grupo, mostrar identidade. A “linguagem da rede” visa à rapidez, pois para os jovens tudo é urgente. Para que escrever “não” se é mais prático escrever “naum”? Fora do ambiente virtual, escrevem dentro dos padrões. É outra forma de comunicação com o mundo. O que os ajuda nessa diferenciação é a capacidade de leitura. “Pais e escolas devem incentivá-los mais à leitura. Seria bom que eles usassem a internet para buscar conteúdos interessantes. Ela não traz prejuízo por existir, mas por ser mal usada. Jovens ficam muitas horas na rede, sem fiscalização, quando poderiam ler um bom livro, ver um bom filme. O prejuízo é pelo tempo que ficam ligados à internet”, explica Kátia Alvarenga.

“Assim, se seu filho escreve em um e-mail “kra, vlw”, mas lê livros e revistas, com bom vocabulário, não se preocupe”, conclui.

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