Cerca de 60% da população mundial tem, já teve ou terá mau hálito. Esta porcentagem não inclui o hálito, algumas vezes desagradável, que fica na boca...
Cerca de 60% da população mundial tem, já teve ou terá mau hálito. Esta porcentagem não inclui o hálito, algumas vezes desagradável, que fica na boca depois de comermos alho ou cebola. De acordo com a Associação Brasileira de Halitose, 90% dos problemas com odor se devem a processos decorrentes da ação de mais de 800 espécies de bactérias em resíduos alimentares presentes na nossa boca e provenientes daquilo que comemos durante o dia e não foi retirado com higiene.
Segundo o cirurgião-dentista Cristiano Cordeiro, o mercado oferece às pessoas uma variedade de aliados no combate ao mau hálito e problemas bucais, como as cáries, por exemplo. São a escova de dente, o creme dental e o fio dental. “Mas temos ainda outros produtos, como o flúor, que podem auxiliar na higiene e na prevenção de problemas. Gosto e preconizo o uso dele para os pacientes, tendo em vista que o produto tem custo reduzido e consegue fortalecer, diminuindo a formação de cáries em 60%, ou mais”.
Para manter a saúde bucal em dia, o flúor é um produto fundamental. No entanto, o especialista faz um alerta para que as pessoas não substituam as formas de prevenção habituais ou exagerem no uso dele. “Hoje se encontra flúor no creme dental e nas águas de abastecimento urbano, o que faz com que o produto esteja bastante expandido. Acontece que o excesso da ingestão do flúor sem a recomendação odontológica pode ocasionar doenças e prejuízos à saúde para o resto da vida, como a fluorose”, alerta Cristiano Cordeiro.
O cirurgião-dentista explica que a fluorose é uma doença que se apresenta na forma de manchas bem brancas nos dentes, provocando o constrangimento do portador ao sorrir. “E há técnicas hoje que conseguem minimizar o problema sem a necessidade de apelar para procedimentos como a restauração dentária. A técnica é conhecida como microabrasão”, pontua Cristiano Cordeiro.
O ideal é visitar o dentista pelo menos duas vezes por ano, já que o mau hálito também pode ser sintoma de outras doenças, como inflamações na garganta (faringite ou amigdalite), bem como ser sinal de que a pessoa está sofrendo de sinusite ou de que a pessoa sofre de diabetes.