Maioria dos convênios cobre teste do pezinho estendido

Enquanto o teste do pezinho feito pela rede pública de saúde oferece diagnóstico para apenas quatro doenças básicas, na rede privada os pacotes podem detectar até 46 doenças diferentes ainda nos primeiros dias de vida do bebê. Sendo que a maioria dos convênios cobre ou oferece descontos no exame para fenilcetonúria e outras aminoacidopatias, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, já disponíveis pelo SUS, mas também detectar hiperplasia adrenal congênita, galactosemia, deficiência de biotinidase, toxoplasmose congênita, deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase, sífilis congênita, citomegalovirose congênita, doença de Chagas congênita e rubéola congênita, entre outras.

De acordo com a médica Ariadna Murta da Fonseca, na rede particular existem hoje cerca de três tipos de exames: o básico, que detecta até 20 doenças; o plus ou ampliado, que oferece diagnóstico para 23 problemas, e o exame estendido, que pode detectar até 46 doenças congênitas diferentes. Mas, para realizá-los, é necessária a indicação do pediatra quando há histórico familiar de determinadas doenças. “A mulher, quando engravida, procura um pediatra para lhe dar assistência e para recepcionar a criança durante o parto. Ele fará questionamentos relacionados a estas prováveis doenças para descartar a possibilidade de transmissão genética à criança. Dependendo do resultado do questionamento, faz-se o exame ampliado, que apresenta resultado para quantidade maior de doenças e, de maneira geral, em porcentagem da possibilidade de ocorrência”, afirma.

Quando a criança começa a apresentar outros distúrbios, como alergia ao leite, por exemplo, o médico ainda pode solicitar, além do teste do pezinho, dosagem de elementos que estejam ligados ao surgimento do distúrbio. “Por isso, a grande vantagem é diagnosticar certos distúrbios mais raros, mas possíveis, principalmente pelo fato de que, se houver o diagnóstico precoce com o teste do pezinho, pode-se tratar a doença e ter avanços. Não existe a cura, pelo fato de a grande maioria das doenças ser genética, mas acriança passa a ter uma vida normal, com reposições e acompanhamentos”, completa Ariadna Murta. (TM)