Maioria dos pacientes em tratamento é do sexo masculino

Ainda conforme as terapeutas ocupacionais, autoras do estudo Grasielle Silveira Tavares Paulin, Vania Costa Gonçalves da Silva e Anne Marise Koenig, quanto ao sono e ao repouso, 17% consideram o sono ruim e 20% tomam medicação para dormir. Aqueles que declararam dormir mal coincidem com o grupo que apresenta as atividades diárias mais prejudicadas, 67% são mulheres distribuídas em duas faixas etárias: até 70 anos ou até 90 anos, com maior predominância da segunda faixa.

Em relação à participação social, 58% dos entrevistados não participam de nenhuma atividade. Apenas três idosos referiram frequentar locais que oferecem atividades como bailes para a terceira idade, e dois participam de campeonatos de truco. Os demais consideraram como participação social frequentar a igreja e grupos de oração. Em relação ao lazer, as atividades citadas foram: 67% escolhem televisão, 38% o rádio, 17% ouvir músicas e dançar, 10% preferem pescar, 4% destacam a leitura e 13% praticam algum tipo de jogo.

As pesquisadoras enumeram, quanto às principais causas de internação hospitalar nesses idosos, 33% se devem a doenças do sistema cardiovascular, 23% do sistema endócrino, seguidas de problemas neurológicos e pneumológicos. No perfil de idosos encaminhados para a intervenção de Terapia Ocupacional, as terapeutas observaram que a maioria é do sexo masculino, casado, com a média de idade de 73 anos, prevalência de múltiplas doenças, necessitando de ajuda parcial em determinadas atividades. “Em relação às mulheres, a maioria está viúva, com a mesma média de idade e com menor número de patologias, porém com maior grau de comprometimento”, afirma o estudo.

As pesquisadoras destacam ainda que ambos os sexos apresentaram baixo grau de escolaridade e de renda, fatores que podem dificultar a comunicação, o autoentendimento e o gerenciamento dos problemas pelo idoso. Segundo as autoras da pesquisa, esses dados indicam a necessidade de os profissionais de saúde transmitirem informações ao idoso e à sua família ou ao seu cuidador usando vocabulário simples, que faça sentido para que estas possam ser colocadas em prática no cotidiano.