SAÚDE

Mais de 3 milhões morrem por consumo abusivo do álcool

OMS estabeleceu em 2011 a necessidade de ação intensiva para reduzir o consumo de álcool, juntamente com o tabaco, a alimentação desequilibrada e a falta de exercício físico

Thassiana Macedo
Publicado em 07/06/2014 às 20:02Atualizado em 19/12/2022 às 07:25
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Dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que em torno de 3,3 milhões de pessoas morreram em 2012, em todo o mundo, em consequência do consumo abusivo de álcool. O número equivale a 5,9% de todas as mortes ocorridas naquele ano. Ainda conforme as informações da OMS, proporção de mortes associadas ao álcool é superior à mortalidade ligada ao HIV (2,8%), à violência (0,9%) e à tuberculose (1,7%), conforme Relatório Global sobre o Álcool e a Saúde 2014.

De acordo com o psiquiatra Júlio César Monteiro, as mortes em consequência do consumo abusivo de álcool sempre estiveram associadas a outras doenças. “Se levarmos em consideração que a grande maioria das pessoas tende a morrer de problemas do coração ou de câncer à medida que envelhecem, poderíamos arriscar a dizer que a chance de eu morrer por causa de uma delas é muito grande. O problema com esses números é que, se a pessoa for alcoolista e for a óbito em um serviço de saúde qualquer, talvez não se leve em consideração esse fato e ele receba outro tipo de diagnóstico, sem ser de alcoolismo. As mortes também podem estar mascaradas como acidente de trânsito ou intoxicação por medicamentos, por exemplo. Ou seja, o uso abusivo de álcool, além de ser a causa primária de muitas mortes, favorece a ocorrência de várias outras”, avalia.

A OMS estabeleceu em 2011 a necessidade de ação intensiva para reduzir o consumo de álcool, considerado um dos quatro fatores de risco para a epidemia de doenças não transmissíveis, juntamente com o tabaco, a alimentação desequilibrada e a falta de exercício físico. “A princípio, o alcoolismo não é um problema facilmente identificável. Leva-se um bom tempo para que a pessoa reconheça seu problema. Ou até mesmo nem o reconheça. Acredito que hoje em dia o acesso a bebidas e o estímulo que recebemos para beber é cada vez maior. As primeiras experiências com o uso de bebida não são tão dramáticas como demonstra esse estudo da OMS, sendo até prazerosa. Então, é muito fácil aceitar o álcool”, esclarece Júlio César Monteiro.

O consumo nocivo de álcool é definido pela OMS como aquele que causa consequências negativas para o consumidor, as pessoas que o rodeiam e a sociedade como um todo, assim como padrões de consumo associados ao aumento do risco de problemas de saúde. Para a organização, não há espaço para complacência quando se trata de reduzir esse problema.

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