Mais de 8 mil medicamentos não terão reajuste de preço em 2012

De acordo com o Ministério da Saúde, 8.840 medicamentos não sofrerão acréscimo inflacionário em 2012 e manterão seus preços inalterados nas prateleiras das farmácias. A decisão é válida para apenas uma das três categorias de medicamentos. Para as demais o aumento está autorizado a partir de 31 de março. A informação é de que só está sendo possível segurar o reajuste devido à alta produtividade da indústria em 2011, impulsionado pelo aumento da compra por parte do governo federal para acesso aos medicamentos através do Farmácia Popular.

Quem autoriza e define os preços de medicamentos do país é a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Quanto maior a presença dos genéricos, maior a concorrência no setor. Portanto, quanto maior a participação de genéricos, menor os ganhos de cada empresa, o que eleva o repasse inflacionário ao consumidor.

A categoria nível 3, que não terá reajuste, inclui produtos como a ritalina, para tratamento do déficit de atenção; stelara, para psoríase, e o antirretroviral Kaleta. Para esses medicamentos, que têm menor participação dos genéricos (inferior a 15%), o último reajuste foi negativo, chegando a - 0,25% em 2003. Para outros 13.782 medicamentos, que fazem parte de outras duas categorias, a CMED autorizou reajuste de preços abaixo da inflação, ou seja, menor que 6%.

No nível 1, estão 12.499 medicamentos, sendo omeprazol, para gastrite e úlcera; amoxilina, antibiótico para infecções urinárias e respiratórias, entre outros. Esta categoria só poderá ter reajuste de 5,85% no preço final para o consumidor, já que tem maior participação de genéricos (na qual eles têm faturamento igual ou superior a 20%). Os medicamentos que têm participação média de genéricos (entre 15% e 20% do faturamento) poderão ter reajuste de até 2,80%. Entre eles estão lidocaína, conhecido anestésico local, e risperidona, um antipsicótico. (TM)