SAÚDE

Mais uma: carne bovina deixa de ser vilã para o coração

Produtores, médicos e consumidores podem comemorar: a carne bovina faz bem para a saúde humana. Considerada vilã ...

Publicado em 05/11/2011 às 10:38Atualizado em 19/12/2022 às 21:31
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Produtores, médicos e consumidores podem comemorar: a carne bovina faz bem para a saúde humana. Considerada vilã por muito tempo, a carne do boi a pasto ou confinado foi testada e aprovada, mostrando que a falta de informação, o excesso de consumo e a escolha de cortes com gordura, associados a hábitos poucos saudáveis, eram responsáveis pela sua imagem negativa.

Em setembro, durante o

66º Congresso Brasileiro de Cardiologia, em Porto Alegre (RS), foi apresentado o resultado de uma pesquisa desenvolvida no Instituto Cardiológico do Rio Grande do Sul, realizada com 70 voluntários, divididos em dois grupos. Sob a organização do médico Iran Castro, coordenador de normatizações das diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o experimento teve a duração de cinco semanas e um grupo recebeu diariamente 125 gramas de carne vermelha de gado criado a pasto e o outro comeu a mesma quantidade, porém de gado confinado, engordado mais rapidamente em estábulos e alimentado com ração. Ambos receberam carne magra durante todo o período.

Os resultados mostraram que não ocorreram diferenças significativas no teor do colesterol sanguíneo e demais lipídios nas pessoas que consumiram carne de bovinos criados a pasto ou confinados. A suspeita maior era de que o animal confinado, por ter maior teor de gordura saturada e colesterol, poderia transmitir ao consumidor uma concentração maior de gordura sanguínea.

Outras diferenças foram observadas, como, por exemplo, o teor lipídico sanguíneo nos diferentes cortes gordurosos e magros da carne bovina: filet mignon X picanha, patinho X cupim ou costela. Foi constatado também que o teor de gordura é maior na carne processada (embutidos) do que no produto in natura. Outro ponto a ser destacado é que estudo demonstrou que a carne proveniente de animais taurinos concentra maior quantidade de gordura e colesterol do que a carne proveniente de raças zebuínas.

A conclusão final deste trabalho científico brasileiro vem confirmar o apontamento de recentes pesquisas realizadas no exterior. Recentemente, o cardiologista Kevin J. Croce da Universidade de Harvard (USA) publicou na revista Circulation, no final de 2010, um estudo sobre os impactos da carne vermelha na saúde humana, realizado com 56 mil pessoas. Resultad a carne bovina não causa qualquer malefício à saúde humana, desde que consumida sem gordura e em quantidades moderadas, em torno de 150 gramas/dia.

De acordo com Nabih Amin El Aouar, pecuarista, médico cardiologista e diretor social e marketing da Associação Capixaba dos Criadores de Nelore (ACCN), que esteve presente no Congresso, “Esses estudos representaram grande avanço na tentativa de desmistificar essa conceituação errada e inadequada, como também transmitir informações aos profissionais de

saúde e à população em geral da credibilidade e segurança no consumo moderado da carne bovina magra, além dos enormes benefícios que traz para a saúde humana”. Para Nabih, o tema faz parte da programação do 3º Congresso Capixaba de Pecuária Bovina para a conscientização da população sobre esses atuais conceitos.

O evento será realizado entre os dias 16 a 19 de novembro, no Cine Teatro da Universidade Vila Velha (UVV), no Espírito Santo, e é voltado para estudantes de Ciências Agrárias, pecuaristas e profissionais do setor da cadeia produtiva da carne. A programação completa e a ficha de inscrição

estão disponíveis no www.visioneventos-es.com.br.

 

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