Massa corporal da gestante reduz índice de má-formação do bebê

O Índice de Massa Corporal (IMC) foi criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para auxiliar no controle e na prevenção de doenças como hipertensão arterial, doença arterial coronariana e diabetes, além de reduzir os riscos de má-formação fetal. Esta avaliação é realizada através da análise da altura e massa corporal de cada indivíduo.

Segundo o pediatra geneticista Roberto Muller, é importante que as mulheres iniciem a gestação com o peso ideal, visando à saúde da mãe e à garantia do bom desenvolvimento do bebê, o que previne complicações durante e após o parto. “Se no início da gravidez o IMC estiver entre 19,8 e 26 kg/m², significa que ela está dentro do peso normal. Portanto, ela terá a margem de 11,5 a 16 kg para o ganho de peso total na gestação, porém se o índice se encontra entre 19,8 kg/m², há baixo peso e nesse caso a mulher terá que ganhar massa equivalente a 12,5 a 18 kg”, revela o pediatra.

Roberto Muller ressalta também os cuidados com relação ao sobrepeso na fase gestacional. “Se a margem de IMC da gestação estiver entre 26 e 29 kg/m², já é considerado sobrepeso, ou seja, trata-se de um caso de obesidade, o que indica que a gestante precisa se limitar ao ganho de massa corporal, devendo ganhar, durante os nove meses, 6 ou 7 kg. Em situações como essa, é necessário ter o acompanhamento de um profissional especializado para cuidar do estado nutricional da futura mamãe”, explica.

Engravidar com baixo ou excesso de peso tem sempre consequências tanto para a mãe quanto para o bebê. Por isso, o especialista destaca ser importante manter a massa corporal dentro dos valores normais. Desta forma, é fundamental optar pela adoção de hábitos alimentares saudáveis para obter resultados favoráveis para a vida inteira. (TM)