O câncer de mama é o primeiro mais comum entre as mulheres, sendo seguido pelo câncer de pele em incidência, por isso é fundamental que haja eficácia no diagnóstico precoce. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), são diagnosticados cerca de 50 mil novos casos de câncer por ano, dos quais 10 mil vão a óbitos porque são detectados em estágio avançado. Parece estranho, mas homens também são afetados pela doença, sendo importante procurar um mastologista. Ele é o especialista no tratamento de todas as doenças da mama, como nódulos, cistos e dores que afetam o órgão, e não apenas o câncer.
No caso das mulheres, o mastologista Leandro De Vito chama a atenção para o objetivo do exame de toque, que as mulheres são orientadas a fazer sempre. Para o especialista, o exame conhecido como mamografia é o único que tem a capacidade de detectar um tumor precocemente, quando ele ainda nem pode ser palpável. “O ideal é que ele seja descoberto nesta fase. Se estiver palpável e ainda pequeno, é passível de tratamento, mas se o encontrarmos ainda mais no início, através da mamografia e, algumas vezes, pelo exame de ultrassom, será muito melhor”, esclarece De Vito.
Por outro lado, o médico vê o autoexame como uma forma de a mulher se conscientizar da importância da prevenção, porém ela não deve descartar o exame ou rastreamento anual a partir dos 40 anos, com o profissional especializado. “O exame de sangue não é 100% confiável, ainda
estamos caminhando, já que, ainda dificilmente, ele detecta as células liberadas quando o câncer chegou à fase de metástase, ou seja, quando ele começa a se espalhar”, revela. Para De Vito, o conhecimento e o acesso à mamografia são as melhores formas de prevenção.
Novos tratamentos. De acordo com o mastologista, são muitas as pesquisas relacionadas ao câncer, mas o que mais tem chamado a atenção é o desenvolvimento de novos medicamentos para tratamento de câncer de mama. “Todos conhecem a quimioterapia, que causa queda de cabelo, gerando mal-estar, mas existem as drogas inteligentes ou drogas-alvo, para casos de cânceres que se comportam de forma particular. Estuda-se hoje um remédio que atuaria de forma específica para cada pessoa, sem complicações e com menos efeitos colaterais”, revela De Vito.
Mulheres que fazem reposição hormonal à base de estrógeno durante a menopausa por mais de quatro anos possuem um fator agravante para o desenvolvimento de câncer. “Mas isso não quer dizer que elas não devem tomar o hormônio. Claro que pode. Ele é muito benéfico quando bem indicado, no período certo, com o médico ginecologista acompanhando de perto”, completa De Vito.