O mau hálito, efeito de doença chamada halitose, é um problema que há milênios atormenta a humanidade.
O odor e gosto desagradável do ar expelido pelos pulmões podem ter diversas causas e varia com o período do dia e a idade da pessoa, agravando-se à proporção que aumenta a fome.
É mais facilmente percebido por estranhos do que pela própria pessoa portadora de halitose, o que gera constrangimento e dificulta o tratamento precoce.
De acordo com a Academia Americana de Otorrinolaringologia, o problema atinge um quarto da população mundial, mas não é mau hálito matinal, considerado um problema fisiológico, presente em 100% da população. Segundo o odontólogo Luís Henrique Borges, diretor do curso de Odontologia da Universidade de Uberaba (Uniube), são mais de 60 as causas do mau hálito.
Entre as mais conhecidas estão o diabetes, que gera pouca salivação e boca seca; a presença de cáries nos dentes, doenças gengivais e a presença da placa bacteriana. “É bom lembrar que a placa bacteriana é o início de uma inflamação gengival mais grave, que, se não cuidada pelo profissional de odontologia, pode evoluir até o cálculo, não regredindo sem a intervenção mais agressiva de um cirurgião-dentista”, revela Borges.
No entanto, a halitose geralmente é fruto de descuido com a higiene bucal. “Se priorizarmos a higienização, na manutenção dos dentes, gengiva e língua, com certeza a pessoa não desenvolverá o processo de halitose”, afirma o especialista. E é recomendável procurar o profissional odontológico a cada seis meses para uma limpeza profunda da boca, mesmo que não tenha problemas visíveis.
Quem tem mau hálito sabe que esse problema causa dificuldades no relacionamento social e quem convive com uma pessoa com halitose geralmente não tem coragem de falar sobre o assunto. Por isso, é importante dar liberdade ao seu dentista de confiança para conversar sobre essa questão. “Pergunte a ele, mencione que sente um gosto estranho na boca e se ele é causado por mau hálito”, frisa.