SAÚDE

Médica alerta sobre o uso de emagrecedores sem orientação

Medicamentos à base de anfetaminas, por exemplo, aumentam a pressão arterial e a frequência cardíaca, causam insônia e até dependência, por isso estão proibidos no Brasil

Publicado em 22/05/2013 às 17:05Atualizado em 19/12/2022 às 12:55
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Thassiana Macedo

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 47% da população brasileira adulta está acima do peso e 15% é obesa. Se mantivermos esses índices, o Brasil deverá alcançar em 13 anos os mesmos números registrados nos Estados Unidos. Levantamento realizado por uma empresa especializada em pesquisas de opinião colocou os brasileiros como os latino-americanos que mais consomem remédios para emagrecer. O estudo, feito pela internet e que envolveu 25 mil pessoas, mostra que 12% dos brasileiros utilizam algum tipo de emagrecedores. Mesmo após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibir a produção e venda de alguns emagrecedores à base de anfetaminas, muitas pessoas ainda conseguem comprar esse tipo de medicamento.

A médica endocrinologista Vânia dos Santos Nunes alerta sobre os riscos das drogas emagrecedoras que, quando utilizadas sem a indicação de um médico, podem causar vários problemas à saúde. “Os principais riscos são aumento dos níveis da pressão arterial, aumento da frequência cardíaca, insônia e até dependência, no caso dos medicamentos derivados de anfetamina que foram proibidos no Brasil recentemente”, explica. Há ainda medicamentos semelhantes a antidepressivos que podem provocar intestino preso, boca seca, dor de cabeça e diminuição de libido. Remédios à base de sibutramina causam agitação, euforia, insônia, tremor, estímulo cardiovascular, palpitação, taquicardia e aumento da pressão arterial.

No entanto, ainda há casos de profissionais que prescrevem esse tipo de medicamento, embora esteja proibido, e até indicam remédios que contêm substâncias perigosas. Para evitar problemas de saúde, a endocrinologista orienta alguns cuidados especiais.

“O paciente deve desconfiar dessa prática todas as vezes que lhe for oferecido um tratamento milagroso, com uma importante perda de peso em curto intervalo de tempo e que não exija sacrifícios”, alerta.

A médica destaca que a pessoa que utiliza medicamentos para emagrecer sem o acompanhamento de um profissional confiável pode voltar a engordar ao final do tratamento.

Vânia dos Santos destaca que isso acontece quando a pessoa confia somente no tratamento com o medicamento e orienta como é possível emagrecer com saúde. “Mudando o estilo de vida, por meio da prática de exercício físico regular, com reeducação alimentar. Para aqueles indivíduos que não conseguirem emagrecer com essas medidas, pode-se discutir, por meio de uma supervisão médica, o tratamento com algum medicamento antiobesidade”, completa a endocrinologista.

 

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