SAÚDE

Medicina nuclear é focada em diagnóstico precoce das doenças

Através de materiais radioativos, a medicina nuclear consegue fazer o diagnóstico precoce de doenças do metabolismo

Publicado em 06/03/2012 às 13:08Atualizado em 17/12/2022 às 08:45
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A Medicina Nuclear é uma especialidade médica relacionada ao uso de tecnologias para detectar doenças por imagens. Ela se ocupa das técnicas de imagem, diagnóstico e terapêutica, utilizando partículas radioativas. Mas o fato de ser uma especialidade que utiliza materiais radioativos causa muitas dúvidas sobre segurança e efeitos colaterais em quem precisa fazer exames ou tratamentos à base de radiação.

De acordo com o médico especialista em Medicina Nuclear e supervisor de Radioproteção, Danilo da Silva Cunha, a especialidade é uma ciência responsável pelo estudo do metabolismo do corpo humano de forma não invasiva, ou seja, sem cortes e cirurgias. “Usamos componentes chamados de radiofármacos e, através deles, é possível avaliarmos a função dos órgãos. O radiofármaco tem a propriedade de não interferir no funcionamento dos órgãos e, através do uso dos fármacos ligados a determinado material radioativo, conseguimos avaliar como está o funcionamento dos diversos órgãos do corpo humano. Por exemplo, o miocárdio, a tireoide, o metabolismo ósseo etc”, revela o especialista. Outras utilizações da medicina nuclear podem ser vistas no diagnóstico de doenças do sistema nervoso central (cintilografia cerebral), no sistema endócrino, pulmonar, cardiologia, Nefrologia Nuclear (cintilografia renal), osteoarticular (ossos e articulações).

Danilo Cunha destaca, ainda, que alguns radiofármacos têm propriedades terapêuticas, sendo possível tratar doenças como câncer de tireoide, hipertireoidismo e pacientes que sofrem de dor relacionada a metástases (crescimento) de câncer ósseo. “A respeito da segurança, a medicina nuclear utiliza os radioisótopos de baixa energia e, quando falamos em radiação que causa efeitos maléficos ao organismo ou efeitos colaterais em tratamentos estamos nos referindo à radiação de alta energia. Além disso, na medicina diagnóstica a dose é extremamente baixa, sendo avaliada de acordo com o benefício a ser alcançado pelo paciente”, frisa.

Exame não oferece riscos para o paciente

O especialista em Radioproteção revela, ainda, que sempre estamos expostos à radiação.

A luz solar, por exemplo, é uma radiação e o que varia é o nível dessa radiação. “Em um exame de medicina nuclear, os níveis podem ser comparados, ou até mesmo menores, à radiação de um exame de tomografia e um exame de raio X, que também usam radiação. Então, não há riscos à saúde do paciente, é que o nome assusta”, completa o médico.

O tecnécio (Tc), por exemplo, é o material mais utilizado em exames e tem uma meia vida, uma espécie de validade de sua atividade no corpo, de cerca de 6 horas. Isso significa que a radiação emitida pelo núcleo do átomo do tecnécio, que será captada pela câmara de cintilação e transformada em uma imagem para encontrar onde está um tumor ou onde há uma obstrução da artéria. E ele perderá metade de sua atividade de 6 em 6 horas. Além disso, esse material é eliminado pelo

organismo naturalmente após um tempo. Portanto, em 24 horas o paciente está totalmente livre da pequena quantidade de material radioativo injetado. Um período curto para trazer qualquer risco à saúde. A emissão de partículas beta ou alfa, que possuem alta energia, pode ser útil do ponto de vista terapêutico, para destruir células cancerígenas ou estruturas indesejáveis, e não formam imagem. Hoje, 95% da utilidade da medicina nuclear é destinada ao diagnóstico precoce de doenças.

O restante serve para tratamento de vários tipos de câncer.

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