Embora seja o exame mais eficaz para os médicos identificarem tumores, a mamografia não é o único procedimento médico para a investigação sobre a incidência do câncer de mama. Um conjunto de exames com o uso da tecnologia é atualmente utilizado pelos médicos, como explica o ginecologista, mastologista e oncologista Renato Antônio Abrão. De acordo com o médico, cerca de 90% dos casos são detectados pela mamografia. A segurança do médico está na complementação com outros exames.
“A mamografia é o único exame que detecta o câncer na sua fase inicial. O câncer é inicial quando ele tem de meio a um centímetro. Nesta fase, nenhuma mulher consegue apalpar o tumor. Então, não adianta ficarmos incentivando a paciente a fazer o autoexame, pois isso gera ansiedade, expectativa. Às vezes, ela acha que uma glândula é um tumor e vai preocupada ao médico, atrapalhando casos mais importantes que aguardam atendimento”, comenta Renato Abrão.
Segundo o especialista, a ultrassonografia é um exame complementar, que dá as características de alteração detectada na mamografia. Substituir mamografia pela ultrassonografia implica em risco ao diagnosticar o câncer precoce. “Uma das formas mais precoces do câncer de mama se dá em forma de microcalcificação, que são ‘poeirinhas’ vistas somente na mamografia. Por isso a ultrassonografia jamais substitui a mamografia”, explica o mastologista.
Outro exame complementar que tem ajudado bastante a medicina na detecção do câncer de mama é a ressonância nuclear magnética. Isso porque pacientes mais jovens têm sido diagnosticadas com a doença. Na paciente jovem, a mama é muito densa, muito glandular. “Por isso é preciso mais exames para se separar o que é um nódulo e o que é glândula”. Além disso, nos exames de sangue há também os marcadores tumorais (o de mama é o CA 15.3). Mas é um exame em estudo e ainda não padrão.
Quanto ao prazo de um ano, especialistas indicam esse período como suficiente para boa chance de cura, de boa resposta ao tratamento, caso seja encontrado algum tumor.