Quando um processo infeccioso acomete a orelha, a dor não demora a aparecer e vem sempre acompanhada de muita irritação. O quadro, chamado de otite
Marcelo Hueb explica que o calor e a umidade são os principais responsáveis pelas infecções de ouvido
Quando um processo infeccioso acomete a orelha, a dor não demora a aparecer e vem sempre acompanhada de muita irritação. O quadro, chamado de otite, nem sempre é identificado rapidamente e pode se tornar recorrente, o que representa uma dose extra de dor de cabeça. No entanto, existem inúmeras maneiras de prevenir o problema, além de tratamento eficaz, quando a inflamação já está instalada.
De acordo com o otorrinolaringologista Marcelo Miguel Hueb, o tipo de otite mais comum é a externa, popularmente conhecida como otite de nadador, que é a inflamação da pele do ouvido. E se não for tratada a tempo, a inflamação pode causar surdez. “Os problemas de qualquer ordem no canal auditivo externo, entre eles a otite externa, podem levar a perdas auditivas, geralmente por bloqueio mecânico à passagem da onda sonora. Esta perda auditiva é reversível com a remoção da cera, de secreções etc. Em casos mais severos de infecções, felizmente mais raros, pode ocorrer perfuração da membrana timpânica durante o processo ou até mesmo o fechamento deste canal com a má cicatrização”, explica.
O contato excessivo com água e a permanência da umidade são as principais causas dessas infecções, além do hábito de coçar o ouvido, especialmente com cotonetes, tampas de caneta, grampos, entre outros objetos pontiagudos. “Quando o ambiente está úmido e quente, o contato constante com a água pode modificar o revestimento do canal auditivo externo, retirando a proteção do local, o que pode ocasionar descamação e coceira. Esse incômodo provoca a necessidade de o paciente coçar o ouvido constantemente, causando lesões que facilitam a entrada de vírus, bactérias e fungos”, afirma o médico.
De uma maneira geral, o Marcelo Hueb alerta que prevenir otites externas é sempre melhor do que remediar, principalmente em recém-nascidos, idosos ou pessoas com saúde debilitadas. “Indivíduos que sofram de problemas como a otite externa crônica, como dermatite, eczema, infecções ou até mesmo “coceira” recorrente, devem evitar, à medida do possível, a entrada de água no canal auditivo. Além disso, é importante evitar o uso de quaisquer objetos para limpar ou coçar os ouvidos, como grampo, palito, cotonete, tampa de caneta etc, fazendo visitas periódicas a um otorrinolaringologista para limpeza do excesso de cera e descamação”, completa o especialista.