SAÚDE

Médico indica educação sexual para evitar a gravidez precoce

Segundo a Organização Mundial da Saúde, em torno de 22% dos adolescentes fazem sexo pela primeira vez...

Publicado em 11/01/2013 às 09:58Atualizado em 19/12/2022 às 15:21
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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em torno de 22% dos adolescentes fazem sexo pela primeira vez aos 15 anos de idade, mas é crescente o número de jovens de 10 a 14 anos que também já praticam a atividade sexual. É nesta fase importante de autoconhecimento e incertezas que a falta de informação pode gerar uma gravidez inesperada ou mesmo a contaminação por doenças sexualmente transmissíveis.

Para o médico ginecologista e obstetra Djalma Abrão, gravidez na adolescência é um problema de saúde pública a ser solucionado por políticas governamentais de instrução à comunidade. “O que acontece hoje é a transformação daquilo que é normal. O erotismo, que é uma atração normal pelo sexo oposto, é saudável, mas também é assunto que deve ser tratado com cuidado e na época certa. Costumo dizer que, na Bíblia, quando Deus criou o homem, Ele disse: ‘crescei-vos e multiplicai-vos’, ou seja, cresça primeiro, depois vá se multiplicar. Hoje, não, estão crescendo e se multiplicando ao mesmo tempo. É o primeiro erro, pois houve uma banalização do sexo”, afirma.

De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, realizada pelo IBGE em 2010, 6% do total de brasileiras na faixa etária de 15 a 17 anos, equivalente a 283 mil mulheres, tiveram filhos em 2009. Deste grupo apenas 35% eram casadas. O especialista destaca que a sexualidade tem sido veiculada como algo natural, especialmente pelos programas de televisão, filmes etc. “Tudo que se vê, qualquer propaganda, tem algum fundo erótico, o que pega em cheio a criança no início da puberdade, da adolescência, quando está inundada de hormônios e a atração física começa a aparecer. Na televisão pode não acontecer nada, mas na vida real acontece”, esclarece.

Djalma Abrão ressalta que há um desrespeito com a formação dos jovens. “Falta orientação sexual na escola, porque infelizmente temos outro problema: a família está ficando degradada, não há pai e mãe por perto ajudando na formação da criança. Muitas vezes, a educação sexual tem como base os amigos, sem que haja, na escola, a complementação da educação familiar para uma formação sexual adequada. Um profissional especializado, um educador sexual, para ajudar é extremamente importante, ele vai dar a orientação correta ao jovem”, completa Abrão.

 

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