Problemas refrativos, como a miopia, a hipermetropia e o astigmatismo, estão entre os que podem ser detectados facilmente em crianças em fase de alfabetização. Por isso, médicos alertam os pais para que fiquem atentos a qualquer sinal de sintomas, pois eles podem comprometer o processo de aprendizagem dos filhos.
Segundo o oftalmologista Canrobert Oliveira, os primeiros sinais de que a visão não vai bem devem ser percebidos cedo. “Se foi um recém-nascido, ele não para os olhos, não fixa o olhar, pode ter até estrabismo congênito. Em crianças até 4 anos, o problema na visão pode ser percebido quando, por exemplo, elas tropeçam muito em objetos. A presença de um reflexo branco, chamado olho de gato, pode ainda indicar um tumor maligno”.
Para o especialista, é necessário que os professores tenham boa formação para que não castiguem as crianças dispersas sem antes fazer um bom exame. “Às vezes, a criança não está enxergando, não está aprendendo e não está fazendo deveres porque não enxerga”, diz.
Oliveira lembra a importância da prevenção precoce e explica que a falta de correção até os 7 anos pode atrapalhar o desenvolvimento. “Os seis primeiros anos são fundamentais para qualquer tratamento destinado a melhorar a acuidade visual. Se tratarmos precocemente uma criança com miopia, astigmatismo, hipermetropia, e até catarata, ela tem grande chance de desenvolver normalmente a visão”, frisa. Por isso, o teste do olhinho deve ser feito logo após o nascimento.