Neste ano, o mote da campanha é `O rim envelhece, assim como nós´. O intuito é chamar a atenção dos idosos, que são os mais atingidos pela doença
Para comemorar o Dia Mundial do Rim, o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) e a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) fizeram na quinta-feira (13) um mutirão para conscientizar a população sobre os riscos de desenvolver doenças nos rins e a necessidade de saber se eles estão bem. Só no período da manhã, em torno de 700 pessoas se submeteram a exames no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), em São Paulo.
Os profissionais distribuíram material informativo, verificaram a pressão arterial, mediram a glicemia e fizeram exames de urina para detectar sangue e proteína. Para as pessoas consideradas do grupo de risco – hipertensos, diabéticos, maiores de 50 anos, usuários crônicos de medicamentos sem prescrição médica e pacientes de famílias com casos de doença renal – foram feitas consultas rápidas.
De acordo com o nefrologista Daniel Rinaldi dos Santos, médico do Serviço de Nefrologia do HSPE e presidente da SBN, a doença renal crônica é caracterizada pela perda progressiva e irreversível das funções renais, e não há avisos ou sintomas de que o indivíduo esteja com a doença. “O grande problema é que a doença é silenciosa, e só se manifesta quando a pessoa já perdeu pelo menos 70% da função. Os sintomas são inespecíficos. Às vezes uma fraqueza, um mal-estar, inchaço nas pernas, pressão alta de difícil controle, anemia. Tudo isso passa despercebido pelo indivíduo”.
Ele explicou que há hoje, no Brasil, aproximadamente 35 milhões de hipertensos, dos quais um terço pode evoluir para lesão renal, assim como os diabéticos, que chegam a 10 milhões, dos quais mais de 30% também podem evoluir para problemas nos rins. Segundo Ronaldi, “a doença renal crônica passou a ser um problema mundial e, na maioria das vezes, a pessoa desconhece que é portadora. A intenção da ação é alertar as pessoas de que elas podem ser portadoras, e com diagnóstico precoce pode-se evitar a progressão da doença”.