SAÚDE

Médicos querem reduzir abandono do tratamento contra a tuberculose

Uberabenses estão sendo diagnosticados com tuberculose avançada, situação grave para doença que tem cura e cujo tratamento é gratuito

Publicado em 24/03/2012 às 11:21Atualizado em 19/12/2022 às 20:36
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 Diminuir a taxa de abandono do tratamento contra a tuberculose é o principal desafio do país no combate à doença, segundo informa o Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde. De acordo com dados do ministério, nove em cada 100 pacientes que iniciam o tratamento não o levam até o fim. O máximo tolerável, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é quase a metade diss cinco em cada 100. Em Uberaba, segundo o infectologista do Centro de Saúde Eurico Vilela, Vitor Guilherme Maluf, a tendência da taxa de abandono é semelhante à nacional, mas pode melhorar. Embora a taxa de incidência da tuberculose venha caindo no país nas últimas décadas – atualmente é de 37,7 casos para cada 100 mil habitantes –, ainda morrem por ano cerca de 4.800 brasileiros vítimas da doença e na maior parte das vezes porque o paciente não concluiu o tratamento. No município, foram notificados em torno de 24 casos em 2012 e 40 pessoas estão em tratamento. De acordo com Patrícia Borges, referência técnica em tuberculose, a taxa preliminar de abandono do tratamento é de 11%. “São pacientes usuários de drogas, principalmente bebida alcoólica, que largam de usar o remédio para continuar consumindo essas outras substâncias. E o que dizemos em primeiro lugar é que tuberculose tem cura; em segundo, que a cura vem quando a pessoa adere ao tratamento, ou seja, tomando o remédio diariamente durante os seis meses que é preconizado”, destaca Vitor Maluf. O infectologista alerta que o abandono do tratamento é negativo para quem está com a doença e para quem convive com o portador de tuberculose. “A pessoa pode morrer de tuberculose e, se ela usa o remédio inadequadamente, pode desenvolver uma bactéria resistente. Sendo assim, além de o paciente comprometer a própria saúde, pode    Especialista orienta a procurar médico aos primeiros sintomas da doença Neste sábado, dia 24, é celebrado o Dia Mundial de Controle à Tuberculose, doença que tem cura, mas ainda é considerada um “bicho de sete cabeças” pela população, que tem demorado a procurar atendimento médico quando nota os primeiros sintomas. Por ser transmitida pelas vias respiratórias através de gotículas de saliva da tosse, a principal forma de prevenir a tuberculose é imunizando todas as crianças com a vacina BCG.  A prevenção inclui ainda evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, e não utilizar objetos de pessoas cujo diagnóstico for positivo para a doença. Segundo a referência técnica do Programa de Controle de Tuberculose, Patrícia Borges, quando há suspeita, o ideal é procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima. Os primeiros sintomas da doença são tosse seca e febre, geralmente à tarde, persistentes por mais de três semanas, depois com catarro, fraqueza e emagrecimento. “Muitas vezes as pessoas ficam resistentes em procurar o médico por medo de descobrir a doença. Quanto mais tempo demorarem em procurar diagnóstico, mais difícil será o tratamento”, esclarece. E não é necessário ir à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA). Qualquer posto de saúde do bairro tem condições de atender o paciente e encaminhá-lo para realizar os exames e para o Programa. O tratamento dura, em média, seis meses. Em alguns casos, este pode ser mais longo, mas as pessoas recebem medicação e acompanhamento médico gratuitos. Caso o tratamento seja feito corretamente, de acordo com as orientações do médico, há cura, finalizando-se ainda o processo de contaminação. (TM)  

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