SAÚDE

Médicos suspendem atendimento a planos de saúde em outubro

Após assembleias envolvendo entidades médicas de todo o Brasil, profissionais decidiram suspender a prestação de serviços aos planos de saúde por até 15 dias no...

Publicado em 10/10/2012 às 16:19Atualizado em 19/12/2022 às 16:57
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Após assembleias envolvendo entidades médicas de todo o Brasil, profissionais decidiram suspender a prestação de serviços aos planos de saúde por até 15 dias no mês de outubro. Para marcar o início da mobilização nacional, médicos realizarão hoje atos públicos nos estados. Em Minas Gerais, a categoria programa paralisações em todas as operadoras, a partir de hoje até 18 de outubro. Segundo nota do Conselho Federal de Medicina (CFM), neste período, médicos podem interromper o atendimento eletivo, ou seja, casos sem gravidade. Urgências e emergências serão tratadas normalmente.

Em Uberaba, segundo o presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia, o pediatra Sandro Penna Correa, há expectativa de realizar alguma atividade, seja a paralisação, seja realizar manifestações, o que ainda não foi definido com a entidade representativa da classe no estado, mas ele não acredita que haverá paralisação total. O médico destaca que esta é uma questão que nunca foi esquecida pela categoria no município, que se encontra em constante negociação e cobranças aos planos de saúde para melhoria das condições de trabalho.

Há estados que pretendem estender a paralisação até o dia 25. Em sete deles, a suspensão do atendimento atingirá todas as empresas de saúde suplementar. Em outros oito, a mobilização afetará consultas e procedimentos a planos selecionados localmente. Sete estados irão realizar assembleias até o dia 10 de outubro para definir períodos e planos atingidos. Outras cinco unidades da federação decidiram apoiar a manifestação com atos públicos, mas sem paralisação.

Em nota, o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Florentino Cardoso, afirma que a saúde suplementar brasileira vive hoje um momento de falta de credibilidade. Ele cita recente pesquisa Datafolha/APM, em que 15% dos entrevistados, em torno de

1,5 milhão de pessoas, afirmam ter recorrido ao Sistema Único de Saúde (SUS) em média 2,6 vezes e 9%, o correspondente a 950 mil usuários, ao atendimento particular em média duas vezes, nos últimos 24 meses, por falta de atendimento de qualidade nos planos. “Há grande insatisfação de pacientes usuários do sistema, assim como de médicos prestadores dos serviços, conforme revelam inúmeras pesquisas de opinião e as reclamações de usuários nos órgãos de defesa do consumidor. Não é possível manter qualidade nos serviços com o atual aviltamento dos honorários médicos pagos”.

Balanço das queixas recebidas nos 15 primeiros dias de funcionamento do SOS Pacientes Planos de Saúde APM/Proteste (0800-200-4200), reforça a tese de desequilíbrio do setor. Foram recebidas mais de 420 queixas relativas principalmente à demora no atendimento e negativas dos planos, o que, segundo o CFM, compromete o exercício profissional de 170 mil médicos e a assistência a quase 48 milhões de pacientes.

 

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