SAÚDE

Medida também protege contra doenças potencialmente graves

Vacinação do idoso o protege de doenças potencialmente graves, previne a descompensação de doenças crônicas infecciosas

Thassiana Macedo
Publicado em 17/08/2014 às 12:32Atualizado em 19/12/2022 às 06:24
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A vacinação do idoso o protege de doenças potencialmente graves, previne a descompensação de doenças crônicas causadas por problemas infecciosos e melhora a qualidade e a expectativa de vida. Apesar dos benefícios indiscutíveis das vacinas e das recomendações claras, a vacinação contra várias doenças é subutilizada na população adulta.

Licenciada há anos nos Estados Unidos e este ano no Brasil, a vacina contra herpes zoster protege da doença, conhecida como “cobreiro”. “É frequente causar complicação chamada de nevralgia pós-herpética. Trata-se de dor persistente e de grande intensidade, que dura meses ou anos. A dor aparece com estímulos que habitualmente não causariam dor, como, por exemplo, pelo contato da roupa. Na maioria dos casos, leva a quadros de depressão e altera a qualidade de vida do idoso”, alerta a patologista Eliane Milhorim.

A médica destaca que casos de tétano acidental continuam ocorrendo, principalmente em idosos não vacinados ou sem reforço, enquanto a difteria foi praticamente eliminada no Brasil, graças à vacinação. “Surtos da doença têm ocorrido em outros países, mostrando-nos que é importante manter altos níveis de prevenção”, afirma. Já os casos de coqueluche vêm aumentando expressivamente, em diferentes faixas etárias. “A maior preocupação é com o aumento de casos no primeiro ano de vida, porque nesta idade a doença é potencialmente grave. A infecção do bebê acontece pelo contato com seus cuidadores e familiares. Por isso, é importante vacinar adultos e idosos, para indiretamente proteger o bebê”, frisa.

Eliane destaca que a rede pública disponibiliza da vacina dupla bacteriana para difteria e tétano, mas a vacina tríplice bacteriana, que imuniza também contra a coqueluche, está disponível apenas nas clínicas particulares. “Os idosos vacinados com a dupla bacteriana devem receber uma dose de tríplice bacteriana a qualquer tempo e nova dose a cada dez anos”.

Para os idosos, a vacinação contra hepatite A é indicada apenas para aqueles suscetíveis, com sorologia negativa para a doença, mas a proteção contra o tipo B é indicada para qualquer idade, pois é transmitida pelo contato com sangue ou por via sexual, podendo se tornar crônica e evoluir para cirrose ou câncer de fígado.

A vacina contra sarampo, caxumba e rubéola só tem indicação para idosos em caso de surto e viagens para regiões onde as doenças ocorrem. “Já a vacina contra febre amarela está indicada para todas as pessoas que vivem ou se dirigem para áreas de risco, e a cada dez anos um reforço. Para o idoso, a vacinação deve vir com a recomendação médica, devido aos efeitos colaterais”, completa Eliane Milhorim.

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