SAÚDE

Medidas de preparo dos alimentos reduzem contato com agrotóxicos

Estudos de pesquisadores isentos mostram a relação com danos como má-formação fetal, mutações genéticas e câncer

Publicado em 16/12/2013 às 11:39Atualizado em 19/12/2022 às 09:47
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Levantamento realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que a maior parte das pesquisas conduzidas de 2006 para cá por universidades e institutos aponta o agrotóxico 2,4-D – usado para combater ervas daninhas de folha larga – como causador de danos à saúde humana, animal ou ao meio ambiente. Estudos de pesquisadores isentos mostram a relação com danos como má-formação fetal, mutações genéticas e câncer.

A maioria foi feita em animais de laboratório, mas alguns em população humana. Para se alimentar e viver melhor, o ideal seria preferir alimentos orgânicos, livres de agrotóxicos, aos quais nem todas as pessoas têm acesso.

Dados divulgados pelo Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos (Para) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alertam sobre a permanência de alto índice de agrotóxicos nos alimentos que compõem a cesta básica do brasileiro. De acordo com pesquisas realizadas em 2010, mais de 90% das amostras de pimentão, por exemplo, analisadas pelo Programa apresentaram problemas. Além do pimentão, outros produtos que lideram o ranking dos alimentos com o maior número de amostras contaminadas por agrotóxico estão o morango e o pepino, com percentual de amostras irregulares de 63% e 58%, respectivamente.

Outros alimentos que se destacam na pesquisa são a alface (55%) e a cenoura (50%), que apresentaram elevados índices de contaminação por agrotóxicos. No grupo beterraba, abacaxi, couve e mamão, a contaminação chega a 30% entre as amostras analisadas. Somente a batata obteve resultados satisfatórios em 100% da análise.

Cuidados. Por isso, alguns cuidados são fundamentais para reduzir o contato negativo com agrotóxicos em alimentos.

O primeiro passo é o consumidor optar por produtos com origem identificada, já que adotam boas práticas agrícolas. A nutricionista Kézia Mendes Prata destaca, ainda, que procedimentos de lavagem e retirada de cascas e folhas externas de verduras ajudam na redução dos resíduos de agrotóxicos presentes apenas nas superfícies dos alimentos. “Para minimizar os efeitos, primeiramente deve-se lavar bem as verduras, frutas e legumes em água corrente e, em seguida, deixá-las submersas por 20 minutos em solução clorada – sendo uma colher de sopa de água sanitária para cada litro de água ou hipoclorito de sódio na diluição recomendada pelo fabricante – e depois enxaguá-las cuidadosamente. Uma boa lavagem contribui para que parte dos agrotóxicos seja retirada dos alimentos, mas a medida não resolve por completo”, explica a especialista.

Outra dica da nutricionista é consumir frutas, verduras e legumes de forma variada e preferir alimentos da época. Alimentos produzidos por métodos de produção integrada ou alimentos orgânicos também são indicados, já que geralmente não utilizam ou usam menos produtos químicos para ser produzidos.

 

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