SAÚDE

Meningite exige cuidados o ano todo, explica pediatra

Na semana passada, foi confirmado, por exame clínico, caso de meningite em menino de 4 anos, que foi a óbito. O caso foi suficiente para decretar o isolamento de outras 154 crianças

Publicado em 07/09/2010 às 11:00Atualizado em 20/12/2022 às 04:23
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Na semana passada, foi confirmado, por exame clínico, caso de meningite em menino de 4 anos, que foi a óbito. O caso foi suficiente para decretar o isolamento de outras 154 crianças da mesma escola, a fim de evitar novas contaminações. O diagnóstico por exame de laboratório só deve confirmar ou não como meningite na quinta-feira, 16. Transmitida por contato, através de gotículas de saliva presentes no ar, mesmo que o contaminado não manifeste a doença, a meningite é uma inflamação das meninges, membrana que envolve o cérebro e a medula espinhal, e pode ser viral, bacteriana ou causada por fungos. O pediatra Cláudio Araújo Faria explica que a do tipo viral é a mais comum e geralmente menos grave. Causada por diferentes vírus, pode surgir como uma gripe e evoluir. Nesses casos, o especialista destaca que se tratam os sintomas com remédios para febre e dores. Em casos mais específicos e que exigem mais cuidados, são usados medicamentos antivirais, que combatem os agentes. “As faixas de maior risco são as crianças menores, recém-nascidos, bebês em amamentação menores de dois anos e os adultos idosos. Pessoas com defesa imunológica baixa ou com doenças de base, como diabetes, problemas cardíacos, câncer, têm maior risco de pegar qualquer doença, inclusive a meningite”, conta o pediatra. Os sintomas podem ser os clássicos ou os menos conhecidos, por isso na existência de quaisquer que sejam é importante o acompanhamento de um médico para o diagnóstico precoce. “Na criança os sintomas mais comuns da meningite são febre, dores de cabeça e vômito, mas juntamente com isso podem surgir tonturas, rigidez ou dor na nuca. Bebês podem apresentar irritação, choro intenso ou uma moleza que os impossibilitem de sugar o leite. Febre, às vezes o vômito, tensão abdominal, quando a barriga fica alta, inchada e, ainda, aumento na frequência respiratória e cardíaca”, explica. Quando o agente é uma bactéria, o problema se torna mais grave. “Em recém-nascidos é muito frequente a bactéria cair na corrente sanguínea e causar infecção generalizada. Pode atingir vários órgãos, começando como meningite e disseminando para o corpo inteiro, o que causa falência cardíaca, respiratória, renal”, afirma Araújo. A bactéria pneumococo é uma das mais graves, sendo um agente que produz complicações irreversíveis, deixando sequelas como surdez, atraso no desenvolvimento psicológico e motor, até problemas de fala, linguagem e desenvolvimento escolar, ou levar à morte. O inverno é a época mais propícia ao aparecimento da doença, porque no frio as pessoas passam a se aglomerar, mas os pais precisam ficar atentos o ano todo.

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