Além disso, a previsão é que em três anos o país passe a produzir a Insulina NPH em escala industrial. A medida contribuirá para a ampliação da assistência a 7,6 milhões de diabéticos
A partir deste ano, o Brasil inicia as atividades de produção de cristais de insulina, princípio ativo deste medicamento, utilizado no tratamento de diabetes, por meio do Laboratório Biomanguinhos da Fundação Oswaldo Cruz. Este acordo também amplia a oferta de insulina aos pacientes assistidos pelo SUS. Para isso, o Ministério da Saúde adquiriu mais 3,5 milhões de frascos do medicamento, quantitativo que será entregue ao país no mês de abril e poderá chegar a 10 milhões de frascos até dezembro, se necessário.
Além disso, a previsão é que em três anos o país passe a produzir a Insulina NPH em escala industrial. A medida contribuirá para a ampliação da assistência a 7,6 milhões de diabéticos, dos quais 900 mil dependem exclusivamente do SUS para a obtenção do medicamento. As medidas estão asseguradas através de acordo de transferência de tecnologia com o laboratório ucraniano Indar, um dos três produtores de insulina no mundo.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vai estabelecer Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o laboratório privado Biomm, empresa brasileira que detém tecnologia totalmente nacional e inovadora para a produção de insulina, patenteada em conjunto com a Universidade de Brasília. Este estímulo do Ministério da Saúde trará de volta, para produzir no país, a Biobrás, antiga líder nacional, que se retirou do mercado farmacêutico brasileiro no começo dos anos 2000. Isto dará mais segurança aos pacientes e autonomia ao SUS e o país deixará de depender das variações do mercado privado.
Pelo novo cronograma, o início da produção de cristais de insulina pela Fiocruz já começa este ano. A fábrica estará estruturada em 2014 e, no ano seguinte, serão realizados os testes, qualificações e ajustes técnicos para a validação das instalações produtivas. Em 2016, a transferência de tecnologia estará concluída e, em 2017, o país estará preparado para a fabricação em grande escala. Calcula-se que a parceria entre a Fiocruz e o laboratório Indar resulte na economia de R$ 800 milhões.