SAÚDE

Mioma no útero pode ser causa da dificuldade em engravidar

Entre os sintomas estão fluxo menstrual excessivo, cólica menstrual exagerada, sensação de peso no baixo ventre, pois o mioma cresce apertando bexiga e intestino ...

Publicado em 20/05/2013 às 13:59Atualizado em 19/12/2022 às 12:58
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Thassiana Macedo

O mioma uterino ou fibroma uterino é um tipo de tumor benigno, ou seja, não cancerígeno, que se desenvolve no útero. Atualmente, uma em cada cinco mulheres costuma ter miomas uterinos durante a idade fértil, ou seja, no período entre a menarca, ou primeira menstruação, e a menopausa. Metade das mulheres tem miomas quando chegam aos 50 anos, sendo que a doença é rara em mulheres com menos de 20 anos.

O ginecologista do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Marcos de Lorenzo Messina, que esteve em Uberaba para fazer uma palestra, esclarece que a mulher pode desenvolver um ou mais miomas ou nódulos no útero. “O número de nódulos determina o aumento do volume do útero, o que pode repercutir em forma de sintomas.

A medicina ainda não chegou ao ponto de estabelecer a real causa da origem do mioma. Sabe-se apenas que a doença segue a característica hereditária e racial.

A chance de incidência em mulheres da raça negra é de três vezes a nove vezes maior do que em mulheres brancas. É mais comum também nas mulheres que estão menstruando, o que mostra ser um tumor que depende da produção de hormônios”.

O especialista destaca que a maioria das mulheres apresenta os sintomas clássicos da doença, que infelizmente evolui de maneira rápida e compromete a qualidade de vida dessas mulheres. “O primeiro sintoma e mais comum é o fluxo menstrual excessivo; verdadeiras hemorragias. A mulher normalmente sangra de três a sete dias. Com a presença do mioma, ela acaba sangrando mais tempo ou com mais intensidade. Outros sintomas são cólica menstrual excessiva e sensação de peso no baixo ventre, pois o mioma cresce apertando a bexiga e o intestino. O último sinal, dos principais, é a dificuldade em engravidar”, relata o médico.

Messina destaca que o diagnóstico do mioma uterino muitas vezes é feito durante a consulta de rotina da mulher com seu ginecologista de confiança. “O exame ginecológico da mulher já pode dar dicas e dados muito importantes, que praticamente levam ao diagnóstico da doença antes mesmo da realização de exames específicos. Quanto mais cedo se diagnosticar a doença, melhor, pois a mulher que sangra muito vai evoluir o quadro para uma anemia. Os sintomas neste caso são cansaço e desânimo, o que a leva a pensar que está com um problema da vida, mas na verdade é uma anemia”, alerta. Por isso o médico orienta a mulher a visitar regularmente o ginecologista e seguir as instruções de retorno para exames a cada seis meses ou a cada ano, por exemplo.

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