Estudo realizado em todos os países e publicado na última edição da revista médica The Lancet aponta que a taxa de mortalidade infantil no Brasil caiu 61,7% entre 1990 e 2010
Estudo realizado em todos os países e publicado na última edição da revista médica The Lancet aponta que a taxa de mortalidade infantil no Brasil caiu 61,7% entre 1990 e 2010. E Uberaba está seguindo a tendência, tendo registrado apenas 43 óbitos entre crianças com até 1 ano de idade em 2009. Por conta desses dados, o Brasil subiu nove posições e ocupa hoje o 90º lugar no ranking internacional que mede a mortalidade infantil no mundo. Esta evolução coloca o país próximo de cumprir uma das metas do milênio estipuladas pela Organização das Nações Unidas (ONU), que é diminuir a mortalidade em dois terços até 2015. A presidente do Comitê Municipal de Prevenção do Óbito Materno, Infantil e Fetal, Luciana Bessa, explica que prevenir a mortalidade infantil começa pela melhor assistência às mães, desde o pré-natal até o acompanhamento no parto e da saúde da mulher. “Assim temos uma diminuição sensível do número de casos de crianças que morriam logo nos primeiros dias de vida, seriam os óbitos precoces”, destaca. Segundo a presidente, entre os fatores determinantes dessa queda estão os Programas de Saúde da Família. “Que tentam detectar os problemas precocemente nessas crianças e com o acompanhamento em cada faixa etária”, completa. Para Luciana, assim como aconteceu no Brasil, Uberaba tem notado a diminuição da mortalidade infantil ao longo dos últimos anos. “Além de computar o número de óbitos, o Comitê Municipal de Prevenção do Óbito Materno, Infantil e Fetal faz uma investigação de todos os óbitos de mulheres em idade fértil, para saber se estava relacionado à gestação ou ao parto, e de crianças com até 1 ano de idade. E assim ficamos sabendo se a morte era evitável ou não”, explica a responsável pelo comitê. Em 2006, foram registrados 53 óbitos em crianças de até 1 ano de idade, para 46 em 2007, 39 em 2008, 43 em 2009 e, neste ano, 11 até o momento. “Geralmente relacionados a algum tipo de má-formação que já era incompatível com a vida, e não relacionado à questão da assistência. E tivemos uma queda. Parece não ser tão grande, mas em termos de população isso é significativo”, frisa Luciana. A presidente alerta que, em Uberaba, entre os fatores de risco para mortalidade infantil ainda está a baixa adesão das mulheres ao pré-natal.