SAÚDE

Morte por afogamento é 200 vezes maior que acidentes de trânsito

No primeiro fim de semana do ano, somente em Minas Gerais, o número de mortes decorrentes de afogamentos somou sete vítimas

Thassiana Macedo
Publicado em 11/01/2014 às 00:33Atualizado em 17/12/2022 às 09:41
Compartilhar

No primeiro fim de semana do ano, somente em Minas Gerais, o número de mortes decorrentes de afogamentos somou sete vítimas. Considerando-se o período entre 31 de dezembro do ano passado e o primeiro domingo deste ano (5), 21 pessoas perderam a vida. Esses dados reforçam o fato de que, se levado em conta o tempo de exposição ao perigo, os afogamentos representam um risco de morte 200 vezes maior que os acidentes de trânsito, segundo alerta da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático.

Entre os exemplos recentes e de maior repercussão está o caso do garoto Kauã Davi de Jesus Santos, de 7 anos, que teve o braço sugado pelo ralo de uma piscina em Caldas Novas, Goiás, no dia 1º. Além dele, há a história de Naisla Cestari Loyola, uma menina de 11 anos que brincava com outras crianças em sua casa, quando mergulhou e teve o cabelo sugado pelo ralo da piscina, em Linhares, Espírito Santo.

Estatisticamente, o afogamento aparece como uma das principais causas de morte no Brasil. Em 2011, este tipo de acidente ocupou o segundo lugar entre as causas gerais de óbito entre crianças de um a nove anos de idade. Além disso, é a terceira causa de morte entre crianças e jovens de 10 a 19 anos. Em todo o país, sete mil pessoas morreram em razão de afogamentos, o que representa uma média de 21 mortes por dia.

O pediatra Sílvio Grandinetti Júnior alerta que o descuido dos responsáveis enquanto as crianças estão, principalmente, em piscinas, mas também em rios, lagos e mares, é a causa de 45% dos afogamentos. “A curiosidade dos pequenos os predispõe a se colocarem, involuntariamente, em situações que representam perigo. Portanto, a supervisão constante dos adultos é fundamental para a segurança das crianças. Nesses casos, a prevenção reduz em 85% o risco de afogamento”, explica.

Adultos. No caso de afogamentos que envolvem adultos, um dos principais fatores para a ocorrência de acidentes é a ingestão de álcool ou outras drogas. Do mesmo modo, quem não sabe nadar e se aventura a entrar na água está se expondo ao risco. O uso de álcool também faz com que o adulto diminua a supervisão sobre as crianças.

Cuidados podem evitar acidentes

Segundo a Organização Mundial da Saúde, no mundo, os números são ainda mais impressionantes: 500 mil óbitos anuais, de um total de 10 milhões de afogamentos. O tempo de submersão da vítima de afogamento é determinante. O cérebro resiste a apenas três minutos sem oxigenação. Após esse tempo, a possibilidade de lesões neurológicas é grande. No caso de parada cardíaca, os danos podem ser ainda maiores. Por isso, a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático indica alguns cuidados fundamentais para evitar acidentes nesta época do an

- informe-se, com o guarda-vidas, sobre o melhor lugar para o banho;

- obedeça a sinalizaçã bandeiras vermelhas indicam alto risco de afogamento;

- antes de mergulhar, certifique-se da profundidade;

- mantenha atenção constante às crianças;

- evite bebidas alcoólicas e alimentos pesados;

- não superestime sua natação;

- não tente salvar alguém se você não tem condições;

- não nade em locais isolados;

- caso esteja em alguma embarcação, use o colete salva-vidas;

- em caso de tempestade, permaneça longe da água.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Logotipo JM OnlineLogotipo JM Online

Nossos Apps

Redes Sociais

Razão Social

Rio Grande Artes Gráficas Ltda

CNPJ: 17.771.076/0001-83

Logotipo JM Magazine
Logotipo JM Online
Logotipo JM Online
Logotipo JM Rádio
Logotipo Editoria & Gráfica Vitória
JM Online© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por