Fabricantes fizeram acordo com o Ministério Público Federal após pesquisa da Associação de Proteção ao Consumidor (Proteste) detectar a presença da substância cancerígena em sete marcas. Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF/MG) determinou que os refrigerantes de baixas calorias ou dietéticos cítricos devem diminuir a quantidade de benzeno em suas composições no prazo de até cinco anos. O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi assinado pela Ambev, Coca-Cola e Schincariol e prevê que a quantidade máxima deverá ficar em cinco microgramas por litro após apuração de exagero da substância por inquérito civil público.
A associação analisou 24 amostras de diferentes marcas e detectou a presença do benzeno em sete delas: Fanta Laranja, Fanta Laranja light, Sukita, Sukita Zero, Sprite Zero, Dolly Guaraná e Dolly Guaraná diet. Em duas das amostras – Fanta Laranja light e Sukita Zero – a concentração estava acima dos limites considerados aceitáveis para a saúde humana. Porém, como não existe limite determinado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para refrigerantes, a associação utilizou o parâmetro de água potável, que é de 5 micrograma por litro. O limite permitido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a água potável é de 10 ppb (partes por bilhão).
A pesquisa concluiu que, como as bebidas testadas continham ácido benzoico, era possível que algumas também tivessem benzeno, substância cancerígena, que resulta da combinação dos ácidos benzoico e ascórbico, mais conhecido como vitamina C. Juntas e expostas à luz ou ao calor, as duas substâncias podem reagir e formar o benzeno. Por isso, o MPF-MG expediu recomendação para que a Anvisa realizasse os estudos necessários para determinar a concentração máxima, tolerável, da substância nos refrigerantes comercializados no país. (TM)