SAÚDE

MS planeja manual para orientar atendimento a pessoas com Down

Depois de aprovado pelo Ministério da Saúde, o Manual de Atenção à Saúde da Pessoa com Síndrome de Down terá vigência nacional

Publicado em 27/03/2012 às 14:38Atualizado em 19/12/2022 às 20:33
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Consulta pública aberta pelo Ministério da Saúde pelas comemorações ao Dia Mundial da Síndrome de Down, prevê a elaboração de cartilha que pretende orientar o atendimento de portadores da síndrome de Down no país. O documento é destinado aos profissionais e pessoas que, de alguma forma, atuam com portadores da síndrome, já que vem com esclarecimentos sobre diagnóstico, tratamento e acompanhamento da deficiência. Neste sentido, instituições científicas e educacionais, bem como a própria população, têm prazo de 30 dias para enviar sugestões ao manual. Elas podem ser encaminhadas ao Ministério da Saúde até 20 de abril para o endereço eletrônico manualsindromededown@saude.gov.br.

Atualmente, segundo o IBGE, o Brasil possui cerca de 300 mil pessoas com síndrome de Down. Para a professora da disciplina de Genética da UFTM, Marly Spadotto Balarim, a medida é extremamente válida, pois, além de favorecer a divulgação dos aspectos da síndrome, poderá fazer com que toda a sociedade se torne mais aberta a receber crianças com síndrome de Down. “Hoje temos crianças com a síndrome cursando escola normal e, nesse ambiente, tanto ganha a criança com síndrome, como ganham as outras crianças, que aprendem a conviver com o diferente e a aceitar as diferenças. Então, o crescimento é de todos como pessoas, por influenciar a formação de cidadãos”, destaca a geneticista.

A especialista revela, ainda, que a aceitação de uma pessoa com a síndrome deve vir primeiro da própria família. “A aceitação da família é a primeira dificuldade enfrentada pela criança com síndrome de Down. A família aceitando, vêm todas as dificuldades dentro da sociedade, que ainda não é esclarecida a respeito, existindo o preconceito de ter uma criança com a síndrome. Então é necessário que a família conviva com a criança e que ela conviva com outras crianças”, frisa Marly Spadotto.

Isto porque o desenvolvimento da criança com síndrome de Down dependerá dos estímulos que ela recebe em cada fase da vida, que devem ser mais acentuados do que o estímulo dado a uma criança sem a síndrome. “Até costumo falar que normalmente os pais estimulam as crianças sem perceber quando brincam e quando se faz carinho, são estímulos. Se deixarmos uma criança fechada em um quarto, ela não vai se desenvolver. A criança com síndrome de Down precisa de um estímulo maior”, revela a geneticista. Neste sentido, os estímulos vão desde a apresentação de músicas, texturas ásperas e suaves ou quente e frio para o tato, exercícios físicos e de fala através da conversa, por exemplo.

Depois de aprovado pelo Ministério da Saúde, o Manual de Atenção à Saúde da Pessoa com Síndrome de Down, contendo instruções e normas para o atendimento de pessoas com a síndrome, terá vigência em todo o território nacional.

 

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