SAÚDE

Mutirão no HC da UFTM atendeu mais de 30 pacientes diabéticos

A Gerência de Atenção à Saúde do Hospital de Clínicas da UFTM acaba de realizar o 1º Mutirão Multidisciplinar do Pé Diabético

Thassiana Macedo
Publicado em 27/11/2013 às 00:58Atualizado em 19/12/2022 às 10:03
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A Gerência de Atenção à Saúde do Hospital de Clínicas da UFTM acaba de realizar o 1º Mutirão Multidisciplinar do Pé Diabético, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Uberaba e Superintendência Regional de Saúde. Foram atendidos 31 pacientes, previamente agendados, dos 27 municípios que compõem a região Triângulo Sul de Minas Gerais.

Os pacientes foram recebidos no Ambulatório Central Maria da Glória para exames de sangue e avaliação clínica com médicos e residentes de endocrinologia, cardiologia, vascular, nutrologia, ortopedia e oftalmologia, com apoio assistencial da enfermagem, da nutrição e de alunos da Liga de Diabetes e da Liga de Hipertensão Arterial. “O que há em comum entre todas as pessoas atendidas é o quadro de pé diabético, que se caracteriza pela presença de lesões com maior dificuldade de cicatrização nos pés de pacientes com diabetes. Esses casos demandam cuidados e inspeção frequente na região da ferida, para combater complicações”, explica o gerente de Atenção à Saúde do HC-UFTM, Daniel Ferreira da Cunha.

Segundo ele, alguns dos pacientes já realizam acompanhamento do diabetes no hospital e outros foram agendados pelos municípios de origem, consistindo, portanto, em consultas iniciais. Após avaliação médica, quatro casos, correspondentes a 13% do total, foram encaminhados ao Pronto-Socorro do HC. Os pacientes passaram por exames de sensibilidade para detectar neuropatias, problemas circulatórios e exame de fundo de olho, que permite avaliar eventuais danos causados pelo diabetes ao nervo óptico. Para o lanche, o mutirão contou com o apoio da Associação dos Voluntários do Hospital de Clínicas da UFTM (AVHC).

Pé diabético. De acordo com o ortopedista Luís Fernando Araújo Júnior, mais do que uma complicação, o pé diabético é considerado uma situação complexa, que pode atingir não só os pés, mas também acima dos tornozelos. “Atinge portadores de diabetes, provocando situações como perda de sensibilidade protetora dos pés, úlceras em diferentes estágios, deformidades, infecções, amputações e até problemas vasculares periféricos. Porém, o paciente só se preocupa com a lesão quando esta já se encontra em estágio avançado e até mesmo acompanhada de infecção secundária, o que dificulta o tratamento. Por isso, portadores de diabetes devem ser avaliados como um todo e devem integrar protocolos de avaliação médica bastante criteriosos”, explica.

O médico ressalta que dados epidemiológicos demonstram que o pé diabético é a principal causa de internação do portador de diabetes. “A preocupação para o ano de 2025 é de mais de 350 milhões de portadores de diabetes no mundo, sendo que pelo menos 25% dessa população sofrerá algum tipo de comprometimento significativo nos pés. Hoje, estima-se que ocorram, em média, duas amputações por minuto, em razão do pé diabético, sendo que 85% são por casos de úlceras”, alerta Araújo Júnior.

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